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- dez 13, 2024
A estratégia de Governance, Risk & Compliance (GRC) é indispensável para empresas que buscam ampliar sua vantagem competitiva e operar de forma eficiente, ética e alinhada às regulamentações. Isso ocorre porque a atuação da área de TI se estrutura de forma integrada aos objetivos estratégicos do negócio.
Na prática, a gestão de riscos e compliance, como também é chamada, promove uma cultura organizacional baseada na transparência e na responsabilidade.
Dessa forma, a empresa cumpre todas as normas exigidas, enquanto persegue suas metas estratégicas, resultando em um desempenho organizacional aprimorado e decisões mais assertivas.
Esse tema ganha ainda mais relevância com os dados da 6ª Pesquisa de Maturidade de Compliance no Brasil, realizada pela consultoria KPMG, que apontam que 68% dos executivos revisam e aprovam programas de conformidade anualmente.
Esse compromisso demonstra a importância do GRC, que integra governança, gestão de riscos e compliance para fortalecer as operações e reduzir vulnerabilidades.
Mas como aplicar essa metodologia para melhorar os resultados da sua empresa? Confira neste post as principais informações sobre o tema!
O Governance, Risk & Compliance é um sistema que estrutura governança, gestão de riscos e conformidade regulatória. Por meio de ferramentas específicas, ele sincroniza a gestão de ameaças e os processos de cumprimento das regras, visando a melhorar a tomada de decisões e o desempenho organizacional.
O principal objetivo do GRC é oferecer uma visão abrangente do cenário regulatório e dos riscos enfrentados pela empresa. Assim, é possível fortalecer os processos internos, simplificar a gestão de incertezas e atuar com integridade.
Essa abordagem permite a integração de diferentes capacidades, promovendo maior confiabilidade e eficiência. Ao incorporar o GRC no cotidiano da empresa, as boas práticas são institucionalizadas, potencializando o alcance de metas organizacionais.
Para entender melhor, veja abaixo o que cada um dos pilares do GRC representa:
A governança diz respeito às políticas, regras e processos que orientam todos os níveis da organização em direção aos seus objetivos estratégicos. Isso inclui a gestão de recursos, ética, responsabilidade corporativa e os controles de gestão, o que garante que as atividades da empresa estejam alinhadas a um propósito comum.
Esse pilar envolve diretamente a alta gestão e abrange aspectos como:
Além disso, a governança é essencial para a tomada de decisões estratégicas e para a comunicação com os stakeholders.
Para funcionar de forma eficiente, baseia-se em dados, evidências e informações que ajudam a definir estratégias, monitorar recursos e gerenciar infraestrutura, como os data centers, por exemplo.
A gestão de riscos se refere a identificação, assessoria e controle de ameaças que podem impactar a organização. Alguns exemplos são armadilhas e golpes financeiros, punições legais, falta de segurança da informação, passivos comerciais, erros de gestão e desastres naturais.
O processo envolve auditorias internas para identificar falhas e incertezas. Essas ameaças podem ser tanto internas, relacionadas a processos e operações, quanto externas, como mudanças no mercado.
Diversos profissionais podem ser responsáveis pela gestão de riscos, incluindo analistas de negócios e gerentes de segurança de TI. O objetivo é alocar recursos para monitorar, mitigar e controlar os impactos negativos, garantindo que a empresa alcance suas metas enquanto gera valor.
O compliance tem relação direta com o cumprimento das regulamentações e legislações vigentes. Por exemplo, leis ambientais, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), questões de privacidade e de cookies na internet, entre outras.
Ao adotar o Governance, Risk & Compliance, a empresa passa a monitorar e se atualizar sobre as principais diretrizes a seguir.
Além disso, consegue reduzir a chance de ter problemas regulatórios, que podem levar a prejuízos financeiros, legais e de reputação.
Os tipos de risco em compliance englobam quaisquer situações que possam levar a resultados negativos.
Entre os principais estão os riscos operacionais ou de desempenho, de conformidade, tecnológicos, financeiros e reputacionais. O objetivo é mitigar essas ameaças ao máximo, embora existam casos impossíveis de prever ou controlar, como a pandemia da COVID-19.
Neste caso específico, a crise gerada em diferentes setores de negócio trouxe desafios imprevisíveis. Assim, a proposta é sempre buscar alternativas para superar os obstáculos apresentados.
Por outro lado, em situações mais controláveis, a gestão de riscos e compliance é capaz de solucionar problemas decorrentes de falhas operacionais, de processos ou técnicas. Também há ameaças externas, como ataques à segurança digital e fraudes.
Nesse contexto, utilizar a tecnologia para análise de risco é fundamental para minimizar os impactos. Além disso, é essencial adotar boas práticas, aprimorar os valores organizacionais e integrar os processos. Esse alinhamento contribui para uma gestão mais eficiente e abrangente.
O governance, risk & compliance é importante por fazer a mitigação de riscos, gerenciar as ameaças de maneira eficaz e assegurar a conformidade.
Esse alinhamento das atividades da TI aos objetivos organizacionais levam à redução dos problemas, prevenção de fraudes, eficiência operacional, transparência e responsabilidade, e mais.
Assim, o GRC é fundamental por trazer uma visão holística dos riscos, o que oferece suporte para tomadas de decisão mais acertadas. Afinal, se os dados e informações nem sempre estão unificados, com a gestão de riscos e compliance é possível atender às demandas do setor e dos stakeholders.
Veja mais fatores que justificam a importância do GRC e as vantagens que apresentam.
O alinhamento entre a estratégia de negócio e a TI permite gerenciar os riscos com mais propriedade e atender aos critérios de conformidade. Como resultado, há redução de riscos e prevenção às fraudes, já que medidas são adotadas para evitar essas situações negativas.
Esse benefício é ainda mais importante devido à complexidade dos negócios atualmente. Com o GRC, as atividades passam a ser integradas e seguram um padrão que aumenta a eficiência dos processos, dos recursos, das tecnologias e das tomadas de decisão.
A integração proporcionada elimina atividades, ferramentas e recursos redundantes e desconectados. Ao mesmo tempo, simplifica as operações, o que leva a uma economia de tempo e de dinheiro.
Já no que se refere à prevenção de fraudes, o governance, risk & compliance fornece o aumento da visibilidade das ameaças e vulnerabilidades. A abordagem mais abrangente aumenta a segurança de infraestrutura, impedindo falhas na proteção dos dados.
As legislações que regem empresas abordam aspectos como meio ambiente, tecnologia e finanças. A conformidade com essas normas é essencial para evitar prejuízos financeiros e danos à reputação.
Um exemplo é a Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD-FT), com medidas globais para combater crimes financeiros. No Brasil, essas iniciativas são conduzidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), ajudando as empresas a se protegerem de penalizações e auditorias.
As empresas que utilizam o governance, risk and compliance coletam dados e informações com rapidez e de maneira precisa.
A eficiência operacional também se refere à automação de várias atividades e rotinas organizacionais, o que reduz os esforços empregados pela equipe e permite que a equipe atue de maneira estratégica.
A transparência e a responsabilidade são incentivadas pelo GRC, porque indicam exatamente a função de cada colaborador e gestor dentro dessa estrutura. O objetivo de toda essa clareza é sinalizar o que cada um precisa fazer e quais preocupações recaem sobre essas pessoas.
Mais do que isso, é preciso que todos se engajem nas práticas de governança, risco e conformidade, algo promovido com transparência na gestão.
Dessa forma, as iniciativas ficam integradas às atividades diárias e contribuem para a sustentabilidade e vantagem competitiva do negócio. Sem contar que essa medida ajuda a construir a confiança com os stakeholders.
O GRC, como esperado, fortalece a governança, que é um dos pilares estratégicos das organizações. Isso contribui para o aumento do nível de maturidade em compliance, conforme identificado pela pesquisa da KPMG mencionada anteriormente.
Por exemplo, em 2024, as empresas brasileiras alcançaram um nível de maturidade de 3,09, em uma escala de 1 a 5. Entre os critérios avaliados, governança e cultura registraram 3,1 pontos, refletindo o progresso nesse aspecto.
O crescimento organizacional é sempre desejável, mas geralmente traz novas preocupações.
À medida que uma empresa amplia sua participação no mercado, é essencial adotar mais medidas de governance, risk and compliance. No entanto, essas medidas não devem ser implementadas de forma isolada, pois isso pode gerar silos que comprometem a eficácia do GRC.
Uma estrutura integrada de GRC assegura que os benefícios descritos neste artigo sejam alcançados, proporcionando um crescimento mais sustentável.
Com um framework bem definido, as iniciativas se alinham, facilitando a escalabilidade das atividades e garantindo decisões mais fundamentadas. Além disso, imprevistos podem ser previstos e mitigados, reduzindo os riscos operacionais.
A adoção de GRC apresenta desafios que incluem barreiras culturais e estruturais, falta de integração entre equipes e departamentos, além de questões tecnológicas e a escolha de ferramentas apropriadas.
Esses desafios se tornam ainda mais complexos em organizações de grande porte ou com múltiplas unidades.
A implementação do GRC pode enfrentar resistência devido à necessidade de ajustes culturais e organizacionais. A gestão de mudanças é um aspecto desafiador, especialmente quando colaboradores relutam em adotar novas práticas.
Para superar isso, treinamentos e capacitações devem ser oferecidos, garantindo que todos compreendam a importância das mudanças.
Além disso, é fundamental que a estrutura organizacional evolua conforme necessário, com informações claras sobre o que deve ser feito, como e por quê.
A ausência de um framework robusto de GRC pode resultar em uma integração inadequada entre equipes, comprometendo a eficácia das iniciativas. Investir na adoção total das boas práticas de GRC é essencial para atender às demandas do mercado e eliminar a fragmentação nas operações.
A tecnologia é outro aspecto crítico. Existem diversas ferramentas disponíveis para gerenciar riscos, garantir conformidade, acompanhar mudanças regulatórias, supervisionar políticas e outras funções.
Soluções tecnológicas podem incluir sistemas para gestão de usuários, segurança da informação e auditorias. Escolher a ferramenta certa exige avaliar as necessidades específicas do negócio, sempre buscando o melhor custo-benefício.
A tecnologia pode tornar o GRC mais eficiente por unificar processos e papéis em toda a organização, a fim de obter insights estratégicos e implementar uma cultura data-driven.
Ela também aumenta a transparência para os stakeholders e permite uma visão abrangente da organização e de possíveis ameaças.
Na prática, a tecnologia aplicada ao GRC pode:
Ferramentas como a inteligência artificial (IA), o machine learning e a análise preditiva têm potencial para melhorar o GRC.
O Robotic Process Automation, por exemplo, oferece monitoramento contínuo, identificando anomalias e riscos de forma rápida e eficiente.
Estruture o framework de GRC considerando as prioridades da empresa na gestão de riscos e compliance. Essa análise orientará a definição de metas e objetivos claros, alinhados aos esforços empregados.
Embora a alta gestão desempenhe um papel fundamental na implementação do GRC, é essencial que todos os colaboradores estejam engajados. Garanta que os executivos compreendam a importância do GRC e transmitam essas informações aos demais funcionários.
Além disso, atribua responsabilidades e defina papéis com clareza, promovendo um esforço coordenado e coletivo. Isso é indispensável para incorporar o GRC no cotidiano organizacional.
Analise a qualidade dos dados, o nível de maturidade digital de cada processo e possíveis falhas operacionais. Com base nessa avaliação, você define as melhores ferramentas e frameworks para a estratégia de GRC.
O framework de governance, risk & compliance implica a elaboração de uma política apropriada, que leve a empresa ao alcance dos seus objetivos. O propósito é que esse documento esteja alinhado e contribua para o cumprimento das metas.
A validação de documentos e identidade é crucial para evitar fraudes e golpes. Com as tecnologias certas, você evita problemas, diminui os riscos e garante a conformidade. Dois exemplos são os tipos de biometria e o reconhecimento óptico de caracteres (OCR).
O monitoramento contínuo é fundamental para identificar falhas e possibilidades de melhoria. Dessa forma, é possível agir preventivamente e evitar impactos negativos à reputação, às finanças e às operações.
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O software também inclui liveness (prova de vida) para confirmar a autenticidade de identidades, reduzindo riscos de fraudes e otimizando processos.
Esses recursos garantem alta precisão e alinhamento com as melhores práticas de GRC, permitindo resultados eficientes com excelente custo-benefício.
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Governança corporativa e compliance é um sistema de estruturação da governança, risco e conformidade regulatória. Por meio de ferramentas específicas, o gerenciamento de ameaças e os processos de cumprimento das regras são sincronizados para melhorar as tomadas de decisão e o desempenho organizacional.
Os 3 objetivos da GRC são governança, risco e conformidade. A proposta é integrar esses pilares para otimizar as atividades e os controles, reduzindo as ameaças, os conflitos e as redundâncias.
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