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Sistemas legados: principais riscos e por que migrar para nuvem

  • Por: SantoDigital
  • jan 2, 2025
  • 10 minutos
Ilustração de profissionais de TI integrando sistemas legados em seus notebooks

Os sistemas legados são softwares antigos que ainda estão em uso dentro de empresas. Embora tenham sido úteis no passado, enfrentam limitações que dificultam o acompanhamento da evolução tecnológica. Isso traz diversos desafios para as organizações que permanecem dependentes desse modelo.

Nesse contexto, a migração para a nuvem surge como uma solução eficiente. O cloud computing é uma tecnologia escalável, com alto nível de segurança e compliance, que permite às empresas se adaptarem a novas demandas de mercado.

De acordo com a pesquisa global do Google Workspace intitulada “Security at a Tipping Point: Why Incremental Fixes No Longer Work”, algumas estatísticas reforçam os riscos de manter sistemas legados:

  • 71% dos decisores de empresas de médio porte acreditam que os sistemas legados tornam o negócio menos preparado para o futuro.
  • 63% consideram o ambiente tecnológico atual menos seguro em comparação ao passado.
  • 36% afirmam que suas equipes de proteção de dados estão sobrecarregadas.
  • Mais de 66% das empresas investem mais tempo e recursos em segurança, mas ainda enfrentam incidentes custosos.

Neste artigo, vamos explorar as características dos sistemas legados, os principais riscos que representam e os benefícios da migração para a nuvem.

Quais são as principais características de um sistema legado?

As principais características de um sistema legado são: software desatualizado, dificuldade de integração com novas tecnologias, falta de escalabilidade e suporte, e alto custo de manutenção. Cada um desses aspectos prejudica a produtividade e a eficiência operacional da empresa, afetando o alcance dos objetivos estratégicos.

Entenda melhor cada um desses fatores para saber como a empresa é impactada por essas situações.

Software desatualizado

O sistema legado é, especificamente, um software antigo que continua em uso, mesmo com a existência de tecnologias mais atuais. Essa situação faz com que ele fique desatualizado, inclusive por falta de updates e upgrades.

Com isso, a infraestrutura de TI é física e mantida por uma equipe da própria empresa ou terceirizada. Isso faz com que os sistemas estejam mais suscetíveis a bugs e vulnerabilidades, justamente pela impossibilidade de fazer atualizações constantes.

Assim, as correções necessárias deixam de ser feitas, o que leva à falta de segurança da informação empresarial. Essa situação também foi evidenciada no relatório do Google Workspace. Conforme o levantamento, “o status quo é insustentável.

Embora as organizações expressem confiança em sua postura de segurança, o comportamento de risco é abundante e os líderes de segurança estão cada vez mais preocupados” (tradução livre).

Além disso, ainda que o sistema legado continue executando as funções para as quais foi planejado, outras atividades não podem ser acrescidas. Ou seja, a empresa acaba gastando mais, porque tem dificuldade em atuar de maneira estratégica.

Dificuldade de integração com novas tecnologias

Os sistemas já existentes na empresa nem sempre são passíveis de integração com novas tecnologias. Isso acontece por incompatibilidade, algo natural para um software ultrapassado.

O ponto-chave desse problema é a impossibilidade de aproveitar as novas ferramentas tecnológicas criadas, com inteligência artificial, data analytics, machine learning etc. Em alguns casos, consegue-se fazer a integração, mas ela é difícil e custosa.

Muito desse cenário é derivado da diferença das linguagens de programação e arquiteturas utilizadas antigamente, que geram problemas com os protocolos e APIs atuais. Além disso, a segurança pode ficar comprometida devido à falta dos mecanismos de segurança nos sistemas legados.

Saiba mais sobre a transformação dos ambientes de negócio através da tecnologia neste episódio do SantoBreakCast:

Falta de escalabilidade

Os sistemas legados são inflexíveis, isto é, não são capazes de se adaptarem à mudança na carga de trabalho. Esse cenário mina a eficiência do software e o custo da operação, que se torna mais elevado por conta dessa dificuldade.

A situação é ainda mais complicada em alguns casos, como o data warehouse. Com o aumento constante do fluxo de dados e a necessidade de processá-los exige a escalabilidade. Caso contrário, há prejuízos à produtividade, à eficiência e ao desempenho organizacional.

Falta de suporte

A falta de suporte tem dois vieses: dificulta a atualização dos sistemas antigos e impede o acesso à ajuda quando necessário. Ou seja, de um lado, você tem um software desatualizado e mais vulnerável.

De outro, se algum problema acontecer, dificilmente você conseguirá contar com algum profissional da empresa que desenvolveu o sistema. Esse cenário aumenta a vulnerabilidade, especialmente para evitar as vulnerabilidades e a exposição maior a ataques cibernéticos.

Para ter uma ideia, segundo o relatório do Google Workspace, mais de ⅔ das empresas alegam que estão investindo mais tempo e dinheiro para aumentar a segurança dos seus ambientes. Ainda assim:

  • 81% dos negócios enfrentam um incidente por ano, pelo menos;
  • 8 incidentes são informados por ano, em média;
  • o custo médio global total de uma violação chegou a US$4,88 milhões em 2024.

Custo de manutenção elevado

A falta de suporte e de profissionais qualificados para trabalharem com tecnologias mais antigas fazem com que os custos de manutenção sejam mais elevados. Normalmente, esse problema é derivado da linguagem de programação, que já está ultrapassada e deixou de ser utilizada.

Outro fator que eleva o custo de manutenção é o fato de você investir em um sistema que terá que ser substituído em algum momento. Portanto, gastar esse dinheiro representa prejuízo, já que o retorno é muito pequeno ou, até mesmo, nenhum.

Quais os principais riscos com o uso de sistemas legados?

Os principais riscos com o uso de sistemas legados são phishing e roubo de credenciais, ransomware, shadow IT e ataques de inteligência artificial generativa. Ou seja, todos os maiores problemas estão relacionados à segurança da informação. Isso porque esses softwares são desatualizados e não são preparados para enfrentarem as ameaças atuais.

Veja mais sobre cada um desses riscos de segurança tecnológica, a seguir.

Phishing e roubo de credenciais

O phishing é um ataque virtual em que os hackers enviam mensagens fingindo ser uma autoridade confiável (governo, empresa, bancos etc.). O objetivo é obter informações pessoais de forma ilegal — como senhas bancárias, número de cartão de crédito e mais — para o roubo de dinheiro, de identidade, entre outros.

Em conjunto, está o roubo de credenciais, que faz os criminosos redefinir as senhas, obter acesso a outros dados ou computadores, bloquear as contas das vítimas e mais. Qualquer um dos casos é um tipo de vazamento de dados, que pode gerar prejuízos significativos.

A prevenção de fraudes com foco no phishing e no roubo de credenciais é importante, porque 72% das invasões ocorridas em 2023 foram derivadas do comprometimento da identidade, conforme o relatório do Google Workspace.

Ao migrar para a nuvem do Google e deixar os sistemas legados de lado, você consegue se preparar melhor, especialmente devido às ferramentas que protegem contra esses ataques cibernéticos.

Ransomware

O ransomware é uma espécie de sequestro do equipamento. Isso porque o malware criptografa os conteúdos armazenados ou bloqueia o dispositivo ao mesmo tempo que exige o pagamento de uma garantia em dinheiro para liberá-los.

A questão é que, mesmo após a quitação do valor solicitado, não existe segurança de que os arquivos voltarão a ficar disponíveis. Portanto, essa não é uma boa ideia. O melhor é cuidar da segurança da informação para evitar esse problema.

Nesse cenário, vale lembrar que os sistemas legados têm falhas que são exploradas pelos hackers para implementarem o ransomware. Isso acontece, especialmente, nos programas sem suporte ativo.

Na prática, isso significa que, do dia para a noite, todas as operações corporativas podem ser paralisadas. Porém, se você cria um plano de migração para cloud e executa-o, tem todos os conteúdos liberados, porque eles não estão armazenados no equipamento. Assim, fica mais fácil gerenciar a crise.

Shadow IT

Também chamado de TI invisível, o shadow IT consiste no uso de sistemas, serviços e equipamentos corporativos sem autorização do administrador, isto é, da equipe tecnológica. Pode parecer algo inofensivo, mas essa prática é bastante negativa. Isso porque ferramentas não autorizadas expõem softwares legados vulneráveis.

Desse modo, ainda que o objetivo do colaborador não seja prejudicar a empresa, a exposição dos sistemas a vulnerabilidades é um grande problema. Segundo o relatório do Google Workspace, “Acima disso, o uso de serviços de TI invisível — o que é comum e difícil para a segurança — aumenta o risco tanto dos incidentes quanto das violações de compliance” (tradução livre).

O relatório ainda aponta que os executivos relatam que 19% das ferramentas usadas não são licenciadas e 44% acreditam que elas são “completamente seguras”.

Ataques de inteligência artificial generativa

A IA generativa traz um mundo de possibilidades, mas também gera preocupações. Como a tecnologia é capaz de gerar conteúdos novos, vários tipos de deepfake podem ser aplicados.

Além de troca de rostos, reencenações e redes adversariais generativas (GANs), o phishing e a engenharia social ficam mais sofisticados e conseguem explorar lacunas para deixar os sistemas legados mais vulneráveis. Então, é um risco de segurança à tecnologia extra, já que leva à fraude de identidade sintética, em novas contas e de sequestro de conta.

Qual a importância de modernizar a infraestrutura?

É importante modernizar a infraestrutura de TI para aumentar a segurança, a eficiência operacional, o custo-efetividade e a adaptação e resposta a ameaças sofisticadas. Esses são os benefícios de substituir os sistemas legados e migrar suas operações para a nuvem.

A vantagem fica ainda mais evidente quando se analisam alguns dados do documento do Google Workspace. Segundo o levantamento, mais da metade dos tomadores de decisão dizem que a complexidade do ambiente de trabalho atual dificulta a manutenção da segurança da informação.

Sem contar que 82% acreditam que precisam melhorar as medidas de proteção dos dados. Além disso, 62% dizem que ampliam as ferramentas usadas para agregar novas funcionalidades necessárias, em vez de substituir os sistemas legados, por exemplo.

Essa é uma situação negativa, como explica a CEO da SocialProof Security, Rachel Tobac. “As pessoas vão jogar dinheiro na mesma coisa para ter múltiplas camadas. Eu escuto dos meus colegas e clientes: ‘nós tentamos jogando tanto dinheiro nisso e não estamos realmente resolvendo o problema’. […] É como gastar dinheiro em janelas balísticas, mas sua porta está bem aberta”.

Por isso, a migração para a nuvem surge como uma alternativa viável. Como as ferramentas de segurança já estão implementadas, você evita problemas, porque parte da proteção de dados é de responsabilidade do provedor do serviço, com aplicação de várias camadas. Além disso, os arquivos ficam acessíveis em qualquer dispositivo.

Redução de incidentes de segurança

No relatório do Google Workspace, foi indicado que 93% dos tomadores de decisão de segurança se preocupam com incidentes desse tipo. As principais preocupações com ataques são:

  • ataques de IA generativa: 31%;
  • violações de dados: 30%;
  • extorsão cibernética: 26%.

Já as principais preocupações com os usuários finais são:

  • acesso não autorizado: 24%;
  • negligência dos colaboradores: 20%;
  • comprometimento de credenciais: 17%.

Por sua vez, as empresas que substituem os sistemas legados, em vez de apenas expandir as funções, relatam ter 20% menos incidentes por ano. Também gastam menos tempo aumentando a segurança do ambiente corporativo do que faziam antes.

Aumento da eficiência operacional

O uso de arquiteturas de TI flexíveis e escaláveis, combinado a linguagens de programação atuais e adequadas ao cenário atual, traz mais relevância e eficiência operacional ao ambiente corporativo. Novas tecnologias podem ser utilizadas e os processos ficam mais ágeis e com menos redundâncias.

Também é preciso considerar que os sistemas legados ficam lentos conforme o tempo passa. Ao serem substituídos, esse problema é superado e você melhora a abordagem de segurança corporativa, evitando fazer apenas um “curativo” em vez de solucionar a questão.

Melhora do custo-efetividade

Com um sistema legado, você tem custos elevados, tanto para a manutenção quanto à necessidade de correções contínuas. Por sua vez, os novos softwares apresentam um custo-efetividade menor, porque os cuidados ficam sob responsabilidade do provedor do serviço.

Aqui, vale lembrar que é preciso considerar o custo real dos sistemas legados. Isso significa incluir todas as despesas vinculadas, como:

  • dívida técnica criada pelos softwares antigos;
  • manutenção contínua;
  • licenciamento especial;
  • esgotamento do colaborador;
  • suporte técnico;
  • segurança dos dados;
  • tempo de inatividade frequente;
  • oportunidades perdidas;
  • experiência do cliente ruim.

Com um software atualizado e migrado para a nuvem, esses custos são muito menores. Então, é mais do que um cálculo simples.

Adaptação e resposta a ameaças sofisticadas

Um sistema legado é limitado e nem sempre sofre as atualizações necessárias. Com isso, bugs ficam abertos e deixam brechas evidentes para as ameaças virtuais. Por outro, as infraestruturas modernas suportam tecnologias emergentes e apresentam respostas rápidas.

Tanto é que 59% dos tomadores de decisão de segurança veem a IA generativa como uma ferramenta-chave para a segurança de dados, de acordo com o mesmo relatório do Google Workspace. Os principais motivos para a adoção da inteligência artificial para esse propósito são:

  • potencialização da privacidade dos dados: 43%;
  • aumento da inteligência contra ameaças virtuais: 37%;
  • melhoria das operações de segurança: 36%;
  • prevenção contra ameaças: 33%.

Por que migrar para a nuvem com o Google?

Autenticação e gerenciamento de identidade

O Google Workspace oferece vários recursos para a segurança da informação. Entre eles está a autenticação multifator (MFA), capaz de reduzir 99,9% das tentativas de spam, phishing e malwares em geral de atingirem os usuários. Também é possível fazer esse procedimento e o gerenciamento de identidade sem senha, por exemplo, por meio de algum dos tipos de biometria.

Atualização contínua

Ao contrário dos sistemas legados, os softwares do Google na nuvem são atualizados continuamente. Eles estão protegidos e não têm a necessidade de patches manuais, o que reduz o trabalho da equipe de TI e facilita a adoção de uma abordagem estratégica.

Segurança zero trust

Ao migrar para a nuvem com o Google, você tem o modelo segurança zero trust, que entende que nenhuma rede é confiável por padrão. Essa medida aumenta a proteção dos dados, porque entende que qualquer solicitação pode ser uma ameaça. Na prática, é uma forma de ter um acesso seguro e eliminar as dependências dos sistemas legados, que podem comprometer a proteção das informações.

Aplicações de inteligência artificial

O Google utiliza os Large Language Models (LLMs), um tipo superior de linguagem que usa o machine learning para compreender uma quantidade de texto enorme. Essa medida faz com que a detecção de spam aumente em 20% e a resposta a incidentes melhore de maneira significativa.

Soluções integradas

Com o Google Workspace, você tem acesso a soluções integradas, o que consolida a proteção dos dados em uma plataforma centralizada. Assim, há melhoria da eficiência devido à prevenção contra ameaças, soberania digital e segurança zero trust.

Recuperação e continuidade dos negócios

No Google Workspace, há backups automáticos e criptografia de dados, recursos que garantem uma recuperação rápida em caso de problema. Isso permite que os negócios continuem funcionando normalmente, já que há acesso aos documentos e informações com facilidade.

Migre para a nuvem do Google com a SantoDigital!

Depois de ver todas essas informações, você entendeu que é possível deixar os sistemas legados de lado e optar pela nuvem. Mais do que isso, é uma medida que vale a pena, porque traz vários benefícios para o seu negócio.

Então, se você decidiu seguir por esse caminho, conte com a SantoDigital. Somos especializados em migração para a nuvem com soluções personalizadas. Nosso objetivo é modernizar a sua infraestrutura, melhorar a segurança e aumentar a eficiência operacional.

Além disso, todo o processo é feito com segurança e escalabilidade. Especialmente, porque você tem uma consultoria focada na arquitetura básica do seu negócio e são elaborados planos e documentação para a migração para a cloud.

Assim, sua equipe terá acesso a todas as funcionalidades que os sistemas legados oferecem, mas com mais recursos e alta proteção para as informações corporativas. O resultado é o máximo custo-benefício para o seu negócio.

Então, que tal entender melhor como esse processo de migração pode ser benéfico para sua empresa? Saiba mais sobre como migrar para a nuvem com a SantoDigital, tire todas as suas dúvidas e aperfeiçoe os sistemas corporativos para ter uma atuação mais estratégica no seu negócio.

Resumindo

O que significa sistema legado?

Sistema legado significa um software antigo, já desatualizado, mas que continua em uso na organização. Apesar de exercer a função para a qual foi programado, é ineficiente e gera problemas para a proteção dos dados devido à falta de compatibilidade com as ferramentas tecnológicas atuais.

Créditos da imagem: Freepik

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