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- mar 13, 2025
A engenharia de plataforma envolve o design e a construção de ferramentas e fluxos de trabalho que aprimoram as capacidades dos softwares. Com a crescente complexidade dos ambientes de TI, essa solução garante escalabilidade, eficiência e segurança, sem comprometer a agilidade das equipes de desenvolvimento.
Isso porque a disciplina automatiza e centraliza processos, facilitando a entrega contínua e a modernização das aplicações.
Como resultado, melhora a experiência dos desenvolvedores e impulsiona a produtividade. Por esses motivos, a estratégia se tornou indispensável para empresas que buscam eficiência.
Essa conclusão está no e-book Building Competitive Edge With Platform Engineering: a strategic guide, produzido em parceria com o Google. Mas o que, de fato, significa esse conceito e como aplicá-lo ao seu negócio? Acompanhe e descubra!
A engenharia de plataforma é uma disciplina voltada para o desenvolvimento de workflows e cadeias de ferramentas, com o objetivo de otimizar a produtividade, reduzir o tempo de ciclo de aplicação e acelerar o time to market. Para isso, centraliza e automatiza processos, que viabilizam a criação do Internal Developer Platform (IDP).
O IDP é um ambiente integrado que reúne diversas tecnologias e ferramentas para reduzir a sobrecarga dos desenvolvedores, ao mesmo tempo em que preserva o contexto necessário para habilitar o developer self-service.
Segundo o estudo do Google, “a engenharia de plataforma consiste em fornecer a infraestrutura, as ferramentas e os processos certos para um desenvolvimento, implantação e gerenciamento de software eficientes e escaláveis, minimizando a carga cognitiva dos desenvolvedores” (tradução livre).
A consultoria Gartner apontou essa abordagem como uma das 10 principais tendências estratégicas de tecnologia para 2024, com expectativa de crescimento em 2025. Isso porque a engenharia de plataforma deixou de ser opcional e passou a ser um fator essencial para fortalecer a colaboração entre operadores e desenvolvedores.
O funcionamento da engenharia de plataforma começa com a formação de uma equipe especializada, responsável por desenvolver e manter o IDP. Esse time garante o suporte aos desenvolvedores e centraliza as ferramentas necessárias, adaptando-as conforme as demandas do negócio.
O IDP é configurado para fornecer tecnologias e ferramentas no modelo self-service, possibilitando fluxos de trabalho mais eficientes e permitindo que a empresa direcione esforços para a geração de valor aos clientes.
O objetivo central desse processo é identificar pontos de atrito na experiência do desenvolvedor (DevX) e oferecer soluções que reduzam ou eliminem essas barreiras. Isso impulsiona a eficiência e possibilita atualizações constantes no IDP, garantindo que ele atenda às necessidades dos profissionais.
Um estudo do Google revelou que 55% das empresas já adotaram a engenharia de plataforma e, dessas, 90% planejam expandir sua implementação. Além disso, 85% das companhias que já utilizam essa abordagem confiam no IDP como solução para otimizar seus processos.
Os pilares para o sucesso dessa estratégia incluem:
A inteligência artificial e o machine learning são componentes cruciais na engenharia de plataforma. As tecnologias são complementares e consideradas funcionalidades críticas para 57% dos entrevistados do estudo feito em parceria com o Google.
Isso porque a inteligência artificial potencializa a automação de processos, acelera os ciclos de deployment e melhora toda a eficiência das operações. Ainda oferece todos os recursos necessários para atender à complexidade e necessidade de escala crescentes no processo de desenvolvimento de softwares.
Ao mesmo tempo, a pesquisa indicou que 86% dos entrevistados acreditam que a plataforma de engenharia é uma peça-chave para gerar o máximo valor de negócio no uso da IA.
A engenharia de plataforma é usada para padronizar serviços, processos e conhecimentos, a fim de fornecer os recursos e ferramentas necessários aos desenvolvedores.
Por isso, deve ser customizada às demandas empresariais para melhorar o DevX, a produtividade, a eficiência e a consistência.
Ao ser implementada, essa tecnologia contribui para a gestão dos pipelines de entrega e da infraestrutura de baixo nível. Assim, pode levar à redução de custos e à otimização dos recursos. Para alcançar esses objetivos, alguns princípios são essenciais:
Um detalhe relevante é que, assim como IA e machine learning, CI/CD também é considerado um componente crucial para a engenharia de plataforma. Tanto é que a pesquisa feita com o Google sinalizou que 56% dos entrevistados acreditam que essas ferramentas são necessárias.
A engenharia de plataforma é importante para o DevOps por permitir que os desenvolvedores trabalhem especificamente na construção do software, sem preocupação com outros aspectos. Essa característica contribui para a escalabilidade, porque os desenvolvedores já têm todas as ferramentas e recursos padronizados.
Com um IDP robusto e eficiente, as complexidades da infraestrutura se reduzem e é possível gerar valor com mais confiabilidade, rapidez nas entregas, segurança, conformidade e otimização no uso dos recursos.
A relação entre engenharia de plataforma e engenharia de confiabilidade de sites é a criação e manutenção de sistemas, mas as abordagens são diferentes. A primeira oferece a infraestrutura para desenvolvimento de software. Já a SRE atua na escalabilidade e confiabilidade para garantir que o ambiente de software seja de alto desempenho.
Portanto, a engenharia de plataforma cria workflows e plataformas, enquanto a SRE monitora e soluciona problemas, além de atender a possíveis incidentes. Isso significa que os trabalhos são complementares.
Tanto é que os engenheiros de confiabilidade do site fazem parte da equipe de criação do IDP. Assim, a estrutura se torna mais confiável, são feitas melhorias e a disponibilidade do sistema melhora.
Os principais desafios da implementação da engenharia de plataforma incluem resistência à mudança organizacional, equilíbrio entre padronização e flexibilidade, integração com sistemas legados, necessidade de automação e governança, além da capacitação das equipes.
Confira mais detalhes sobre cada um deles:
As equipes em geral costumam ter problemas com a implementação de mudanças. No entanto, a engenharia de plataforma exige atualizações nos processos e fluxos de trabalho.
É comum que o time prefira manter os sistemas legados, que existem há anos e são conhecidos. No entanto, é preciso demonstrar os benefícios que a nova solução trará e deixar claro que os softwares antigos são incapazes de atender às demandas atuais e manter a vantagem competitiva.
Uma forma de solucionar ou reduzir esse problema é investir na atualização dos profissionais e adotar uma cultura de aprendizado e melhoria contínuos.
Embora a padronização de processos, ferramentas e fluxos de trabalho seja fundamental, também é necessário garantir flexibilidade para lidar com demandas complexas. Nesse contexto, a otimização contínua da plataforma é essencial e envolve:
A coexistência entre sistemas legados e a engenharia de plataforma é viável, desde que haja compatibilidade e integração com a Internal Developer Platform (IDP).
Nesse sentido, para garantir essa interoperabilidade, é necessário mapear os pontos de integração e avaliar a dependência dos dados, assegurando que a transição melhore a experiência dos desenvolvedores e a eficiência dos processos.
Implementar uma estrutura de governança é imperativo para ter controle sobre os recursos, a conformidade e a segurança da informação. Aplique testes e privilégios para ter controle de acesso. Também se indica fazer atualizações e auditorias regulares para manter a proteção dos dados.
Quanto à governança, especificamente, adote as boas práticas para garantir o alinhamento das equipes de trabalho. Isso gera consistência, que contribui para a integração e padronização de ferramentas, tecnologias e sistemas.
Como efetiva a modalidade de trabalho self-service, a engenharia de plataforma exige a capacitação dos desenvolvedores. Isso pode ser feito por meio de recursos de autoatendimento, como o provisionamento de recursos.
A necessidade de atualização é contínua, porque a tecnologia está em constante evolução. Também é válido fazer reciclagens para que todos saibam quais são as novidades, tendências e melhorias da área.
Os benefícios da engenharia de plataforma são diversos. Confira cada uma das vantagens a seguir.
Ao fornecer todas as ferramentas e fluxos de trabalho necessários, a engenharia de plataforma aumenta a produtividade das equipes, eliminando o tempo gasto na busca por soluções.
A automação de tarefas repetitivas e o acesso self-service a recursos reduzem significativamente o tempo de gerenciamento da infraestrutura. Um estudo do Google apontou que a agilidade é um dos principais fatores impulsionadores da adoção dessa estratégia:
A engenharia de plataforma utiliza diferentes tecnologias e ferramentas para garantir a automação, a escalabilidade e a gestão da infraestrutura. Alguns exemplos são contêinerização, plataformas em nuvem (como o Google Cloud Platform) e ferramentas de integração contínua.
Um dos grandes objetivos dessa solução é melhorar a experiência do desenvolvedor por meio da centralização e padronização dos recursos, que passam a ser oferecidos no autoatendimento. O modelo simplifica os fluxos de trabalho, porque traz somente as ferramentas necessárias.
Ao mesmo tempo, também reduz a carga cognitiva dos profissionais. Afinal, já existe um “caminho” traçado para os desenvolvedores seguirem.
Esses dois aspectos são um princípio da engenharia de plataforma. Juntos, asseguram a proteção dos dados e garantem o cumprimento da conformidade, tanto no que se refere à legislação quanto às boas práticas.
De certa maneira, a engenharia de plataforma potencializa o uso da inteligência artificial, ao mesmo tempo que essa tecnologia melhora os resultados do uso do IDP. O trabalho conjunto é positivo para o negócio, inclusive porque a estratégia requer a atualização contínua dos conhecimentos.
Por isso, é necessário que os profissionais acompanhem as tecnologias e se atualizem sobre as tendências. Dessa forma, a empresa conquista vantagem competitiva.
Para implementar a engenharia de plataforma, você deve criar uma equipe especializada, definir o problema a solucionar, planejar o que será feito, aplicar sistemas de engenharia de software, melhorar a plataforma de aplicativos e oferecer a base de autoatendimento aos desenvolvedores.
Todo esse processo é facilitado com o Google Cloud. A solução oferece uma suíte de serviços e ferramentas que ajuda as empresas a gerenciarem e construírem plataformas de desenvolvimento prontas para IA.
Dessa forma, permite que o seu negócio inove, cuide do presente e se prepare para o futuro. E você alcança esses objetivos com ainda mais facilidade se contar com um parceiro nessa jornada.
A SantoDigital é especialista em migrar e implementar soluções no Google Cloud. Atende cada projeto conforme as necessidades do negócio e oferece suporte contínuo para que você sempre atinja os melhores resultados.
Além disso, você passa a criar e executar serviços e aplicativos de forma escalável, rápida, eficiente e segura. Esse é o grande objetivo da engenharia de plataforma — e é bem provável que também seja o propósito da sua empresa.
Portanto, é só você se informar e começar a adotar essa estratégia no seu negócio. Quer começar agora mesmo? Acesse a página de contato da SantoDigital, fale com um de nossos especialistas e entenda como podemos atingir um novo patamar para sua organização.
Engenharia de plataforma é uma disciplina que visa ao projeto e construção de workflows e cadeias de ferramentas com o objetivo de melhorar a produtividade, o tempo do ciclo de aplicação e o time to market. Para alcançar o propósito, centraliza e automatiza processos, gerando o Internal Developer Platform (IDP).
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