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- nov 8, 2024
O FinOps é uma estratégia que une equipes de finanças e operações para gerenciar melhor os recursos na nuvem e otimizar os custos. Diante do uso crescente de soluções nesse ambiente virtual, essa alternativa é fundamental para administrar os investimentos de forma eficaz e maximizar os benefícios da tecnologia.
Na prática, a adoção dessa estratégia permite fazer a alocação adequada de investimentos relevantes para o negócio. Portanto, ela deve ser considerada quando se pensa em começar a investir em cloud computing. Inclusive, ela também permite reduzir os desperdícios, já que eles podem atingir 32%.
Diante da importância do tema, criamos este artigo com as principais informações sobre FinOps, seu ciclo de vida, princípios e benefícios. Continue lendo e entenda mais!
FinOps é a união de finanças e operações com o objetivo de gerenciar melhor o modelo de gastos variáveis das soluções em nuvem. O objetivo é que as equipes trabalhem de forma integrada, equilibrando velocidade, custo e qualidade. A sigla é derivada das palavras finance e operations.
Também chamado de operações ou gestão financeira na nuvem, essa estratégia é válida em um cenário de complexidade e escalabilidade. Ou seja, nos sistemas on-premise, a infraestrutura física permite identificar o custo do desenvolvimento de softwares.
Já no cloud computing, a maioria das soluções é oferecida no modelo pay-as-you-go. Com a escalabilidade dos serviços, devido ao aumento das cargas de trabalho, é mais difícil entender como o dinheiro está sendo gasto na nuvem.
Essa falta de clareza impacta o trabalho da equipe financeira e o time de TI não identifica como as suas atividades influenciam os custos da nuvem. Esse é o problema solucionado pelo FinOps.
O ciclo de vida do FinOps é formado por 3 etapas iterativas: informar, otimizar e operar. Elas podem existir de maneira separada ou serem simultâneas. Tudo depende do nível de maturidade da estratégia aplicada pela equipe responsável.
De toda forma, é necessário entender que o financial operations eleva o valor comercial da computação em nuvem. Ou seja, assim como o DevOps (que trouxe mais agilidade ao desenvolvimento de sistemas), o FinOps é uma evolução.
A primeira etapa do ciclo de vida do FinOps é informar, o que significa capacitar os profissionais para lidarem com diferentes aspectos. Entre eles estão: alocação, visibilidade, orçamento, benchmarking e previsão.
Este estágio é válido para garantir uma clareza maior em relação a termos de preço e uso. Isso contribui para as tomadas de decisão mais acertadas, inclusive com base em dados em tempo real.
A capacitação leva à necessidade de otimizar a presença das equipes na nuvem. Esse é o momento de dimensionar a plataforma, desativar os recursos não utilizados, reduzir os gastos e redimensionar a capacidade da forma correta. Tudo isso não deve diminuir a eficácia da nuvem.
Desse modo, o objetivo dessa segunda etapa do ciclo de vida exige uma análise objetiva para encontrar oportunidades de reduzir os custos. Esse é o caso, por exemplo, de mudar uma máquina virtual (VM) de um nó para outro a fim de economizar.
A terceira etapa visa à construção de uma cultura de FinOps. Por isso, é necessário considerar um centro de custos em nuvem, com equipes operacionais, financeiras e comerciais definindo a governança corporativa adequada.
O propósito de operar é, portanto, mensurar o custo, a velocidade e a qualidade das capacidades da nuvem. Os resultados obtidos precisam ser comparados a metas predefinidas. Assim, é possível fazer melhorias e garantir uma otimização contínua da estratégia.
A computação em nuvem favorece o acesso aos dados e recursos em tempo real. Portanto, as equipes de finanças e TI precisam colaborar entre si para assegurar inovação e melhoria contínuas.
Isso depende de capacitação para que o setor financeiro atinja a granularidade e a velocidade da TI. Ao mesmo tempo, a equipe de engenheiros e desenvolvedores de software precisam lidar com os custos como métricas de eficiência.
As equipes de TI e finanças têm uma responsabilidade compartilhada pelos custos da nuvem dentro do conceito de FinOps. Para isso, é relevante definir Objectives and Key Results (OKRs) e indicadores-chave de performance (KPIs), além de outras métricas.
Essa é a maneira mais eficiente de estimular a responsabilidade de todos e a melhoria contínua com o objetivo de otimizar custos e agregar valor aos processos.
É importante que as equipes acessem os dados em tempo real para tomarem decisões mais eficientes e fazerem os ajustes necessários. Essa análise permite compreender melhor os fluxos de trabalho.
A partir disso, é possível redimensionar os recursos indispensáveis e prever a necessidade dos serviços. Portanto, o acesso aos dados em tempo real traz mais visibilidade sobre o negócio e seus diferentes níveis.
Como os dados estão acessíveis a todos os envolvidos, as decisões são baseadas no valor de negócios. Por isso, elas são descentralizadas e buscam equilibrar custo, velocidade e qualidade.
Fica evidente, portanto, que o FinOps não é uma estratégia que visa à redução de custos propriamente dita. Ela busca maximizar o valor dos negócios e aperfeiçoar os gastos como uma consequência.
Além disso, não há o corte reativo, isto é, derivado do aumento das despesas. O que acontece é uma análise contínua de crescimento, custos e desempenho. Desse modo, é possível tomar melhores decisões.
O financial operations prevê a otimização contínua. Isso é feito a partir dos dados úteis, que permitem redimensionar a capacidade e diminuir os gastos sem reduzir a eficácia.
Da mesma forma, é possível reposicionar os workloads e ajustar os aplicativos para aprimorar o desempenho e o custo. Tenha em mente que esse processo é iterativo e permite otimizar preços, recursos e arquitetura.
Com o FinOps, os investimentos são definidos de forma acertada, evitando extrapolar o orçamento disponível. Assim, assegura-se que os objetivos estratégicos sejam atingidos sem arcar com custos desnecessários.
Ainda que as decisões possam ser descentralizadas, é fundamental ter uma equipe dedicada ao FinOps. Seu objetivo é direcionar os diversos participantes, indicando o que deve ser feito para otimizar os custos em nuvem.
Portanto, o processo é distribuído e precisa envolver toda a empresa. Contudo, o controle e o gerenciamento devem ser realizados por um time específico. Entre suas responsabilidades estão a comparação de serviços e fornecedores, a verificação de descontos por upgrades, volume ou uso contratado, e a alocação de custos para as equipes.
Um dos maiores desafios da computação em nuvem é a identificação das atividades que aumentam os custos do negócio. Com o FinOps, há mais visibilidade e as equipes conseguem entender exatamente como suas ações impactam os gastos.
Para atingir esse resultado, é importante evidenciar esses efeitos em uma linguagem acessível e considerar as demandas de cada time. Por exemplo, a equipe de TI tem interesse em saber quanto vai gastar com uma arquitetura ou recurso de produto e de que forma isso impacta os custos da nuvem.
Por sua vez, o financeiro deseja entender como estão os gastos em comparação com as previsões realizadas. De qualquer maneira, essa compreensão é fundamental e requer uma boa divulgação, que considere a alocação de custos.
Outra boa prática para implementar o FinOps é implementar uma estratégia para otimizar os custos. Isso pode ser feito de diferentes maneiras, como as instâncias reservadas e até acordos de preços diferenciados, dependendo da utilização.
Inclusive, é fundamental encontrar opções para reduzir os desperdícios. É possível remover recursos legados sem uso e rearquitetar o aplicativo. Mesmo que pareça algo simples e de pouca economia, a verdade é que os valores somados representam uma quantia significativa.
Defina métricas e monitore os gastos da nuvem de maneira recorrente. Também verifique o desempenho obtido, revisando e otimizando as operações sempre que necessário. A ideia é que tudo esteja alinhado aos objetivos estratégicos e entregue os resultados esperados.
Com esses dados, torna-se possível realizar melhorias contínuas e desenvolver uma cultura que priorize esse aspecto. Portanto, é uma abordagem iterativa que aperfeiçoa a visibilidade dos custos e incentiva a colaboração entre os times de operações, finanças e desenvolvimento.
O FinOps é importante por trazer visibilidade dos custos em nuvem e facilitar as tomadas de decisão. Também é uma forma de garantir mais eficiência nos gastos, já que há dificuldade de entender o impacto das atividades nos valores desembolsados. Nesse sentido, é uma forma de aumentar a responsabilidade financeira, a transparência e a inovação organizacional.
Assim, existe uma transparência maior, com possibilidade de evitar desperdícios e o aumento inesperado de gastos. Esse aspecto é essencial em um cenário corporativo em que a nuvem é cada vez mais necessária.
Segundo pesquisa da Gartner, 50% das empresas optarão pela computação em nuvem até 2028. Na prática, a previsão é de que ela deixe de ser uma tecnologia disruptiva para se tornar obrigatória para manter a vantagem competitiva dos negócios.
O mesmo levantamento indicou que os gastos globais de usuários finais com nuvem pública devem equivaler a US$ 678,8 bilhões, em 2024. Isso representa uma alta de 20,4%. Até 2027, a expectativa é ultrapassar US$ 1 trilhão.
O principal crescimento deve ser relativo à Infraestrutura como Serviço (IaaS), com 26,6%, seguidas das Plataformas como Serviço (PaaS), com 21,5%. Assim, se a sua empresa ainda não começou a utilizar o FinOps, é preciso revisar seus processos, fazer um plano de migração para cloud e começar a monitorar os gastos.
1. O FinOps reduz os custos da computação em nuvem.
2. É mais fácil identificar oportunidades de redução de gastos e de desperdícios.
3. A tomada de decisões é mais acertada, com otimização dos investimentos e alinhamento aos objetivos do negócio.
4. A empresa tem a oportunidade de implementar uma cultura data-driven.
5. Há mais eficiência de custos devido à visibilidade dos gastos.
6. O desempenho financeiro da empresa é melhor.
7. A alocação de recursos na nuvem é otimizada.
8. As equipes têm um incentivo maior para colaborarem.
9. A governança é incentivada, com mais controle sobre os gastos em nuvem.
10. A inovação pode ser aplicada com mais regularidade.
11. Os relatórios são gerados em tempo real.
12. Os fluxos de trabalho se tornam mais eficientes.
13. A empresa tem uma flexibilidade operacional maior.
14. A velocidade das entregas é mais rápida devido ao aumento da eficiência.
O primeiro passo para implementar o FinOps é analisar os problemas e os desafios operacionais da empresa, assim como a relação atual entre os setores organizacionais. Para isso, reúna profissionais dos times de desenvolvimento e finanças, e diretores corporativos para entender a visão de cada um.
Em seguida, defina quais são os resultados desejados e entre em contato com uma consultoria cloud. Dessa forma, você conta com parceiros especializados, que ajudam a atingir os objetivos definidos.
Verifique como estão as despesas da nuvem para aumentar a visibilidade dos dados. Isso ainda permite avaliar o orçamento e as alocações de TI por equipe.
Esse processo envolve o detalhamento de custos, a compreensão dos padrões de uso e a identificação de fatores. A partir disso, é possível elaborar estratégias que visem à redução de custos.
Deixe claro a adoção dessa prática para toda a empresa. É importante que as equipes entendam que haverá uma mudança operacional e cultural, mas que é preciso que todos se engajem.
Desse modo, consegue-se ter uma compreensão mais ampla das rotinas que precisam ser modificadas. Ao mesmo tempo, é implementada uma mentalidade mais consciente em relação aos gastos.
Estabeleça os OKRs e os KPIs necessários para medir a evolução após a implementação do FinOps. O ideal é determinar onde se deseja chegar e desenhar uma jornada via roadmap. Assim, estabelece-se o que deve ser alcançado desde as primeiras etapas até o amadurecimento da prática.
O grande objetivo do FinOps é garantir que a empresa adote melhorias contínuas. Isso pode ser conseguido por meio de soluções especializadas, que sejam implementadas por parceiros experientes e com expertise. Desse modo, você consegue acompanhar o consumo e fazer uma gestão de recursos em cloud aprimorada.
Portanto, fica claro que a adoção do FinOps exige a realização de algumas etapas para que seja bem estruturada. No entanto, contribui para o aumento da vantagem competitiva da empresa, tanto pela redução de custos quanto pela otimização de processos.
Ao usar uma solução especializada, você simplifica a implementação da estratégia e recebe o suporte necessário. Dessa forma, o FinOps se torna um diferencial importante, que ajuda seu negócio a se destacar.
Então, o que você acha de alcançar esse patamar na sua empresa? Conheça a SantoDigital e nossa solução de FinOps para entender como podemos fazer seu negócio decolar!
FinOps é a união de finanças e operações com o objetivo de gerenciar melhor o modelo de gastos variáveis das soluções em nuvem. O objetivo dessa abordagem iterativa é que as equipes trabalhem de forma integrada, equilibrando velocidade, custo e qualidade. A sigla é derivada das palavras finance e operations.
Os pilares da FinOps são visibilidade, planejamento e economia, showback e chargeback, otimização e utilização de recursos. Dessa forma, é possível melhorar a alocação dos investimentos em nuvem, evitando desperdícios.
Créditos da imagem: Freepik
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