Site Reliability Engineering (SRE): por que investir em uma engenharia de confiabilidade de sites?

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Site Reliability Engineering (SRE): por que investir em uma engenharia de confiabilidade de sites?
Site Reliability Engineering: engenharia de confiabilidade de sites

Site Reliability Engineering (SRE): por que investir em uma engenharia de confiabilidade de sites?

Ao desenvolver sites, apps e infraestruturas em nuvem, é preciso cuidar de toda a arquitetura. Além disso, após o lançamento, ainda é necessário implementar novas funcionalidades, atualizá-las e corrigir falhas. Para isso, existe o Site Reliability Engineering (SRE).

Em português, o termo significa engenharia de confiabilidade de sites. Com a complexidade dos sistemas desenvolvidos, os profissionais capacitados na função vêm sendo cada vez mais requisitados.

Isso também demonstra por que os serviços gerenciados são essenciais para a aceleração da sua empresa. Afinal, você pode usar o Site Reliability Engineering at Google, aproveitando as soluções oferecidas por um parceiro qualificado.

Neste post, vamos entender melhor o que é SRE, como funciona, sua diferença para o DevOps e mais. Continue lendo!

O que é Site Reliability Engineering?

Site Reability Engineering é uma metodologia da engenharia de software que visa garantir a confiabilidade e a agilidade dos serviços online. Assim, são usadas ferramentas que automatizam as tarefas da infraestrutura de TI, por exemplo, o monitoramento de aplicativos e o gerenciamento de sistemas.

O objetivo do SRE é assegurar a realização de processos confiáveis, mesmo diante de atualizações frequentes executadas pelo time de desenvolvimento. Por isso, as tarefas operacionais manuais são substituídas pela automação, a fim de implementar uma estratégia mais escalável e sustentável.

Ao mesmo tempo, há benefícios na redução dos conflitos entre as equipes de desenvolvimento e operações. Isso porque os updates necessários têm menos chance de causarem problemas, aumentando o alinhamento entre esses dois times.

Normalmente, você verá informações sobre o Site Reliability Engineering at Google. O motivo é que o conceito veio da gigante de tecnologia, e é creditado a Ben Treynor Sloss. Criado em 2003, o SRE conseguiu fazer com que as operações tivessem um foco de engenharia.

Situações de maior aplicação do SRE

  • Crescimento do site em número de usuários e fluxos de dados.
  • Migração de arquiteturas legadas para modernas.
  • Crescimento do escopo, na introdução de produtos ou serviços.
  • Aumento de tickets devido a requisições e incidentes, por exemplo.
  • Gerenciamento de sistemas.
  • Gestão de mudanças.
  • Resposta a incidentes.
  • Plano de recuperação de desastres em TI.

Como funciona o Site Reliability Engineering?

O Site Reliability Engineering funciona por meio da inserção de engenheiros de confiabilidade do site à equipe de software. Assim, o time de SRE define as métricas a utilizar e as práticas que sofrerão automação. Também determina o orçamento de erro, conforme a tolerância ao risco, para que o design e a operação dos sistemas sejam melhorados.

Isso garante uma operação contínua, ágil e confiável, além de processos otimizados e facilitados. O resultado é uma autossuficiência maior e a melhoria do desempenho dos sistemas.

Para realizar essa atividade, o SRE é um profissional de desenvolvimento de software com experiência em operações de TI. Portanto, ele sabe codificar e também tem o conhecimento necessário para garantir uma boa manutenção em um ambiente de larga escala.

Dentro desse cenário, eles executam duas principais funções. A primeira é o desenvolvimento de tarefas operacionais e administração de sistemas. Por exemplo, análise de logs, aplicação de patches e resposta a incidentes. Ou seja, é uma espécie de monitoramento de TI.

A segunda é o desenvolvimento de códigos para automatizar essas tarefas. Assim, a busca é pelo máximo de otimização e o mínimo de realização de tarefas manuais, fazendo a implementação dessas mudanças ao longo do tempo.

Na prática, a equipe de Site Reliability Engineering at Google e em qualquer outra empresa funciona como uma ponte entre as equipes de desenvolvimento e operações. Assim, o time de dev pode fazer updates em produção de novos softwares e funcionalidades o mais rápido possível, ao mesmo tempo que se aceita determinado nível de desempenho para ops.

Além disso, o risco de erros está alinhado ao Service Level Agreement (SLA) estabelecido pela empresa com seus clientes. Dessa forma, todo o trabalho segue de forma menos conflituosa e mais ágil.

Qual a diferença entre SRE e DevOps?

A diferença entre SRE e DevOps é o foco. O primeiro foca a disponibilidade e a confiabilidade dos serviços, enquanto o segundo atenta ao fluxo de trabalho de desenvolvimento e implantação de sistemas. Assim, o último se relaciona à entrega contínua de valor para os usuários por meio da reunião de processos, produtos e pessoas.

De toda forma, tanto o Site Reliability Engineering quanto o Development Operations buscam aproximar as equipes de operação e desenvolvimento. Tanto é que ficou fácil entender o papel revolucionário do DevOps no mercado de softwares e implementar esse modelo com o passar do tempo.

O que o SRE faz é melhorar os resultados do DevOps, auxiliando a evitar a sobrecarga com tarefas operacionais. Portanto, a cultura da empresa é aperfeiçoada com práticas que aprimoram a entrega da qualidade do produto.

Ao mesmo tempo, as tarefas são automatizadas e a entrega de melhorias e novas funcionalidades são agilizadas. Tudo isso sem deixar de lado a redução de erros e bugs. Ou seja, as atividades são complementares, não excludentes.

Tanto é que o SRE at Google consiste em uma forma de implementação do DevOps, ou de uma parte dele. Na prática, o que acontece é uma retroalimentação da cadeia de valor.

Quais os princípios do Site Reliability Engineering?

Os princípios do Site Reliability Engineering são monitoramento de aplicações, implementação de mudanças e automação. No SRE do Google, as equipes ainda consideram o seguimento dos Objetivos de Nível de Serviço (SLOs), a capacidade de abraçar o risco e a eliminação de trabalhos repetitivos. Ainda monitora a automação, os sistemas distribuídos, a simplicidade e a engenharia de lançamento.

Ou seja, há vários propósitos a serem atingidos, sempre seguindo os princípios-chave dessa abordagem. Veja, a seguir, quais são eles.

Monitoramento de aplicações

O desempenho do software é monitorado de forma constante, considerando os SLAs, os Indicadores de Nível de Serviço (SLIs) e os SLOs. Isso porque os erros são encarados como normais durante o processo. Portanto, é feita a observação e a análise de métricas de performance assim que a aplicação é implementada nos ambientes de produção.

Implementação de mudanças

No SRE, as mudanças são implementadas com mais rapidez e isso é incentivado. No entanto, elas são pequenas para manter a confiabilidade do sistema. Dessa forma, os processos são consistentes e repetíveis. Com isso, os riscos são reduzidos, ciclos de feedback são fornecidos para mensurar o desempenho do sistema e a velocidade e a eficiência da implementação de alterações são aumentadas.

Automação

Várias políticas e processos são adotados no Site Reliability Engineering do Google e eles incorporam os princípios de confiabilidade. Cada etapa do pipeline de entrega conta com esses detalhes para que os melhores resultados sejam alcançados.

Entre as estratégias que solucionam os problemas de forma automática está o desenvolvimento de padrões de qualidade embasados nos SLOs. Assim, os problemas são detectados mais rapidamente.

Além disso, existe a automação de testes de compilação com base nos SLIs e a tomada de decisões arquitetônicas que asseguram a resiliência do sistema desde o começo do desenvolvimento do software.

Quais métricas para acompanhar o SRE?

As métricas para acompanhar o SRE são: SLI, SLO, SLA e orçamento de erros. Esses fatores determinam se o sistema está disponível e se é confiável e útil para os usuários. No entanto, eles devem estar atrelados aos objetivos estratégicos do negócio, a fim de agregar valor. Assim, indicam se o software está consumindo recursos em excesso ou tem comportamento anormal.

Entenda o que cada uma das métricas para acompanhar o SRE indica.

SLI

Os Indicadores de Nível de Serviço avaliam de forma real o que o SLO determina. Assim, é possível verificar valores que são iguais ou diferentes dos Objetivos de Nível de Serviço. Dependendo do resultado, fica fácil saber se existe algum gargalo e qual é a necessidade de ajustes.

SLO

Os Objetivos de Nível de Serviço são metas quantificáveis e específicas. Elas são passíveis de alcance pelo software com um custo razoável para outras métricas, como throughput, tempo de atividade e taxa de download.

SLA

Os Acordos de Nível de Serviço sinalizam o que acontecerá quando o SLO não é atendido no prazo especificado. Por exemplo, o período máximo é de 24 horas. Se isso não acontecer, pode ser necessário reembolsar o cliente ou cancelar o contrato sem multas.

Orçamento de erros

Esse princípio determina a tolerância de não conformidade para o SLO. Por exemplo, se o tempo de atividade é de 99,95% no SLO, o de inatividade deve ser de 0,05%. Caso ultrapasse, a equipe vai dedicar seu tempo, atenção e recursos para estabilizar a aplicação.

Por que contar com o SRE?

Melhoria do gerenciamento do nível de serviço

O SRE foca os níveis de serviço e sua melhoria. Isso porque deixa de utilizar apenas o SLA — conceito que acaba ficando sobrecarregado e até superficial, em alguns casos — e adota outras métricas, como vimos.

Inclusive, o orçamento de erro é uma mudança significativa para equilibrar a confiabilidade do serviço e a demanda por inovação. Isso garante um mecanismo de controle, que pode levar até a um período de proteção do negócio.

Gestão de mudanças

O gerenciamento de mudanças é aprimorado com a automação e o orçamento de erros, dois fatores relevantes do SRE. A gestão de demandas de TI é melhorada, porque o especialista em Site Reliability Engineering utiliza parte do seu tempo para as operações e o restante para a otimização do trabalho.

Nesse cenário, a automação aumenta o volume de mudanças standards e reduz a quantidade de alterações normais, que exigem uma análise.

Ao mesmo tempo, o orçamento de erro traz dinamicidade à gestão de mudanças. Isso porque a política pode ser permissiva no começo e rígida quando estiver próximo do limite. Assim, garante-se mais responsabilidade à equipe.

Gerenciamento de eventos

A observabilidade melhora a prática de gerenciamento de eventos, porque externaliza a maior quantidade de dados possível sobre o serviço. Isso permite saber qual é seu estado atual e atuar de forma certa nos alertas que são realmente relevantes. Isso evita a perda de tempo com movimentações nos componentes individuais, já que nem sempre eles impactam o SLO.

Gestão de incidentes

Em situações de desastre, o SRE determina exatamente o que deve ser feito. Ele defina os papéis e responsabilidades, a documentação live-state e mais.

Melhoria da colaboração

As equipes de desenvolvimento e operações passam a atuar de forma colaborativa e alinhada, reduzindo os conflitos. Dessa forma, o time de ops utiliza práticas de SRE para monitorar os updates, enquanto dev tem mais agilidade para lançar as atualizações.

Melhoria da experiência do cliente

O modelo de Site Reliability Engineering assegura que os erros de software não impactem a experiẽncia do cliente. Assim, há menos erros e o desenvolvimento de novos recursos passa a ser prioridade, em vez de apenas serem feitas correções de bugs.

Aprimoramento do planejamento de operações

No SRE, os erros e as falhas são aceitos. Portanto, sabe-se qual é a resposta correta a cada incidente, o que reduz o tempo de inatividade. Isso permite saber melhor o custo desse cenário e seus efeitos nas operações.

Que tal conhecer uma solução de SRE?

A SantoDigital oferece as soluções de engenharia de confiabilidade de sites e infraestrutura (SRE e SRE-i). Ambas buscam melhorar e modernizar os serviços de suporte gerenciado, sempre com atuação cíclica e adoção de metodologias ágeis.

Todas as entregas são feitas com base em sprints e oferecem suporte operacional ao ambiente. Assim, os times passam a atuar em forma de squad, sendo que cada um tem seus conhecimentos específicos para atender aos diferentes tipos de demanda.

Dessa forma, você aproveita todo o conhecimento criado em Site Reliability Engineering at Google. Afinal, essa abordagem é fundamental para as empresas que desejam ter sucesso e competitividade no mercado.

Com o auxílio de uma equipe experiente, como a da SantoDigital, você alcança resultados ainda melhores com o Site Reliability Engineering (SRE). Isso porque são mais de 10 anos de experiência ajudando empresas no seu processo de transformação digital.

E você, quer fazer sua empresa se destacar? Conheça as soluções de SRE e SRE-i da SantoDigital e veja como elas podem ajudar seu negócio.

Resumindo

O que é ser SRE?

Ser SRE é ser um profissional que atua com o Site Reliability Engineering, ou engenharia de confiabilidade de sites. Essa função vem sendo bastante requisitada, especialmente em empresas de tecnologia internacionais, porque ajuda a agilizar as entregas e reduzir os erros.

Qual a diferença entre SRE e DevOps?

A diferença entre SRE e DevOps é o foco. Isso porque o primeiro atenta à confiabilidade, enquanto o segundo busca fazer a entrega. Quando trabalhados em conjunto, esses dois âmbitos conseguem agregar ainda mais valor aos usuários finais e reduzir os conflitos internos, o que gera mais benefícios na atuação entre as equipes.

Qual é o objetivo do SRE?

O objetivo do SRE é aumentar a confiabilidade e a funcionalidade dos projetos de TI por meio de entregas novas e correções de bugs. Mais do que isso, essas atualizações são feitas de acordo com limites pré-estabelecidos, o que permite reduzir os erros.

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