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- nov 15, 2024
Deepfake é o termo usado para designar um tipo de fraude de identidade. Basicamente, essa é uma técnica de manipulação de vídeos, fotos e áudios por meio da inteligência artificial. Portanto, não é uma prática ilegal, mas pode ser usado para a aplicação de golpes.
Qualquer empresa pode ser afetada por essa manipulação, o que exige um cuidado especial. Além disso, é essencial adotar soluções antifraude, já que essa é uma forma de evitar problemas e prejuízos, até mesmo financeiros.
Por todos esses motivos, você deve entender exatamente o que é deepfake e o que representa para sua empresa. Neste post, vamos explicar melhor. Continue lendo.
Deepfake é uma técnica que usa a inteligência artificial para modificar, sobrepor ou até trocar elementos de fotos, vídeos e áudios, criando um resultado falso. Essa prática é realizada a partir de softwares que processam os dados e replicam padrões. O nome vem da união de deep learning e fake.
O deep learning é uma espécie de rede neural que funciona de maneira semelhante ao cérebro humano. Isso acontece com o uso de algoritmos que podem até processar dados não estruturados, como imagens. Daí vem a capacidade do deepfake de manipular os elementos.
Isso porque o reconhecimento de padrões do deep learning permite identificar o rosto humano e seus pontos de referência. Por exemplo, sobrancelhas, nariz, olhos. Assim, o software consegue juntar todos esses aspectos e substituir a face de uma pessoa, como se aquela imagem realmente fosse verdadeira.
Aliás, o resultado é bastante realista e pode confundir. Por isso, uma fraude de identidade pode ser aplicada, dependendo do contexto de implementação dessa técnica.
Você precisa se preocupar com o deepfake devido à sua possibilidade de uso mal-intencionado. No ambiente corporativo, essa técnica pode levar a fraudes de identidade que geram prejuízos financeiros significativos, além de piora na reputação e perda de vantagem competitiva.
Isso é bastante relevante quando se descobre que as tentativas de fraude do tipo deepfake tiveram um aumento de 31 vezes em 2023. Assim, a alta chegou a 3.000%, quando comparado a 2022.
O mesmo relatório indicou que as modificações mais simples foram responsáveis por 80,3% do total de ataques. Isso porque a ideia dos fraudadores é obter o máximo benefício com o mínimo de esforço.
Além desse dado, outro levantamento indicou que 37% das empresas foram vítimas de fraudes voltadas para voz sintetizada. Por sua vez, 29% foram alvo de vídeos modificados dentro dessa técnica.
Esse contexto fez com que 26% dos negócios de pequeno porte e 38% das grandes empresas sofreram mais de 50 ataques de fraude de identidade em 2022. Como consequência, os prejuízos superaram US$ 480 mil.
Ainda existem casos mais graves, como o de uma empresa multinacional de Hong Kong. O golpe chegou a US$ 25,6 milhões, porque o diretor financeiro da empresa foi recriado de forma digital e determinou transferências de dinheiro. O detalhe é que, na reunião em que a ordem foi dada, todos os participantes eram representações falsas, exceto a vítima.
Ou seja, a inteligência artificial recriou todas as outras pessoas utilizando vídeos e áudios disponíveis de modo público. Portanto, fica claro que é necessário investir em estratégias e sistemas para a prevenção de fraudes.
Enquanto isso, os dados de deepfake no Brasil registraram uma alta de 830% somente em 1 ano. Com isso, o país ficou em 1° na América Latina quando se considera o total de fraudes baseadas em inteligência artificial.
Um dos setores mais afetados é o financeiro. De acordo com o Banco Central, o total de prejuízos por fraudes em 2022 foi de R$ 2,5 bilhões, sendo que apenas 5% dos valores perdidos são recuperados.
O deepfake de texto é uma fraude que simula o texto escrito por uma pessoa real para fingir que é verdadeiro. Para isso, são usados o processamento de linguagem natural (PLN) e a geração de linguagem natural para que o conteúdo reproduza determinado tom, tópico ou estilo.
O deepfake de redes sociais abrange a criação de perfis falsos nessas mídias. Geralmente, o objetivo é aplicar o phishing, um golpe para obter informações do usuário. Por isso, é essencial saber como as empresas podem se defender de ataques cibernéticos para evitar ser uma vítima dessa técnica.
O deepfake de voz passa pela geração de áudios falsos, bem semelhantes a uma pessoa real. Normalmente, este tipo de engenharia social tenta burlar a biometria por voz ou divulgar informações falsas.
O deepfake de vídeo é usado na criação de vídeos realistas. Assim, é usada a tecnologia avançada de edição de vídeo e a IA para substituir corpo ou rosto.
O deepfake em tempo real consiste na alteração do rosto em transmissões ao vivo, por exemplo, em jornais e redes sociais. Esse golpe é caracterizado como crime de falsidade ideológica e costuma ser usado para enganar os softwares de biometria facial.
Para identificar um deepfake, é preciso atentar aos detalhes. Por exemplo, nos vídeos, um sinal de fraude é o avatar piscar com pouca frequência. Além disso, a sincronização da fala e da boca pode ficar estranha e as emoções e reações nem sempre são reais. Em fotos, o pescoço e outras partes do corpo podem ficar estranhos. Também costuma haver inconsistência de cores.
Todos esses fatores podem ser difíceis de identificar e exigem muita atenção. Por isso, utilizar um software de reconhecimento facial (face match) faz a diferença, porque automatiza essa análise. Ainda existem outras tecnologias que contribuem para a segurança de dados, como a tipificação e o Optical Character Recognition (OCR).
Não existem legislações no Brasil a respeito das deepfakes. Há leis contra a difamação e danos morais e à imagem. Também existe o Marco Civil da Internet, que traz algumas determinações, especialmente no que se refere à exclusão de conteúdos das redes sociais. No entanto, não há um tipo penal específico para essa técnica de manipulação de conteúdos.
De toda forma, crimes cometidos nesse sentido podem ser punidos. Inclusive, vale a pena citar a Lei 13.178/2018, que configura como crime qualquer publicação de imagens de cunho sexual sem autorização do envolvido.
Portanto, ainda que essas leis não tratem, especificamente, de deepfake, elas também são válidas. Isso porque várias situações que envolvem essa tecnologia são entendidas como ilegais e podem ser enquadradas como crime.
A melhor forma de proteger o seu negócio da deepfake e outras fraudes de identidade é usar softwares de tecnologia avançada que permitam diminuir os riscos cibernéticos. Um exemplo é o SantoID, um produto com 3 soluções para garantir o máximo de segurança para sua empresa.
Ele oferece OCR, face match e tipificação para que você automatize o reconhecimento e extração de textos, a identificação de documentos e a comparação de rostos. Assim, essa plataforma de identity é capaz de ajudar sua empresa a evitar diferentes tipos de fraude de identidade.
Na prática, toda a gestão e a validação de documentos é otimizada, o que permite a verificação em tempo real. Mais do que isso, a ferramenta não requer personalização e adaptação ao ambiente, reconhecimento prévio de arquivos e algoritmos. Sem contar que o funcionamento é simples.
Além disso, você tem toda a segurança e a escalabilidade do Google Cloud Platform e pode tornar sua empresa ainda mais protegida contra fraudes. Afinal, se o deepfake existe, você precisa agir para evitar prejuízos de reputação e financeiros. Com o SantoID, você obtém esses benefícios e pode ter mais tranquilidade na rotina corporativa.
E você, quer entender melhor como se proteger das deepfakes? Conheça mais sobre o SantoID, da SantoDigital, e veja como otimizar e automatizar a prevenção contra fraudes de identidade na sua empresa.
O termo deepfake significa uma tecnologia que utiliza recursos de inteligência artificial para criar conteúdos falsos em texto ou imagens. Isso é feito a partir de softwares que processam os dados e replicam padrões. O nome vem da união de deep learning e fake.
Deepfake é uma ameaça, porque pode criar conteúdos falsos e usá-los de forma ilegal. Assim, é possível manipular ou difamar pessoas, além de cometer golpes que causam prejuízos financeiros e de reputação às empresas.