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- fev 28, 2025
Com o avanço das tecnologias digitais, cresce a necessidade das empresas se protegerem contra fraudes sofisticadas que exploram essas inovações, como o deepfake. Essas manipulações apresentam desafios reais à segurança corporativa, podendo afetar diretamente a reputação e as finanças das organizações.
Nesse cenário, soluções antifraude tornam-se indispensáveis para mitigar riscos e garantir operações seguras. Acompanhe a leitura para entender o que é o deepfake, como identificá-lo e quais riscos ele pode representar para empresas.
Deepfake é uma técnica que usa a inteligência artificial para modificar, sobrepor ou até trocar elementos de fotos, vídeos e áudios, criando um resultado falso.
Essa prática é realizada a partir de softwares que processam os dados e replicam padrões. O nome vem da união de deep learning e fake.
O deep learning é uma espécie de rede neural que funciona de maneira semelhante ao cérebro humano. Isso acontece com o uso de algoritmos que podem até processar dados não estruturados, como imagens. Daí vem a capacidade do deepfake de manipular os elementos.
Isso porque o reconhecimento de padrões do deep learning permite identificar o rosto humano e seus pontos de referência. Por exemplo, sobrancelhas, nariz, olhos. Assim, o software consegue juntar todos esses aspectos e substituir a face de uma pessoa, como se aquela imagem realmente fosse verdadeira.
O deepfake deve ser uma preocupação devido ao seu potencial de uso mal-intencionado. No ambiente corporativo, essa técnica pode levar a fraudes de identidade que causam prejuízos financeiros, além de abalar a reputação e comprometer a vantagem competitiva.
Relatórios apontam que as tentativas de fraude do tipo deepfake cresceram 31 vezes em 2023, um aumento de 3.000% em comparação com 2022.
Entre essas ocorrências, as modificações mais simples representaram 80,3% dos ataques, evidenciando a estratégia dos fraudadores em maximizar os benefícios com o menor esforço.
Outro levantamento revelou que 37% das empresas já foram vítimas de fraudes envolvendo voz sintetizada, enquanto 29% enfrentaram ataques por vídeos manipulados.
Pequenas empresas também não estão imunes: 26% delas relataram mais de 50 ataques de fraude de identidade em 2022, percentual que sobe para 38% entre grandes corporações. Esses ataques geraram prejuízos que ultrapassaram US$480 mil.
Casos ainda mais graves mostram a dimensão do problema. Uma multinacional de Hong Kong sofreu um golpe de US$25,6 milhões quando o diretor financeiro foi recriado digitalmente e ordenou transferências bancárias.
Nessa ocasião, todos os participantes da reunião eram deepfakes, exceto a vítima. A inteligência artificial utilizou vídeos e áudios públicos para recriar digitalmente as demais pessoas.
No Brasil, os ataques envolvendo deepfake cresceram 830% em apenas um ano, posicionando o país como líder na América Latina em fraudes baseadas em inteligência artificial. O setor financeiro foi um dos mais afetados, com perdas que somaram R$2,5 bilhões em 2022, segundo o Banco Central. Apenas 5% desses valores foram recuperados.
Identificar um deepfake pode ser desafiador, mas existem alguns sinais visuais e auditivos que ajudam a expor a manipulação. Em vídeos, a manipulação pode ser reconhecida por meio de:
No caso de imagens, os sinais mais claros de deepfake são:
Como a detecção manual desses detalhes pode ser complexa, tecnologias como software de reconhecimento facial (face match) são fundamentais para automatizar a análise.
Outros recursos avançados, como a tipificação de padrões visuais e o Optical Character Recognition (OCR), também contribuem para identificar deepfakes, especialmente em fraudes digitais.
As empresas podem combinar essas ferramentas com boas práticas de segurança, como verificar a autenticidade de fontes e buscar sinais de edição no vídeo ou imagem.
Treinar os colaboradores é fundamental para conscientizá-los sobre os riscos dos deepfakes e capacitá-los a identificar sinais de manipulação em conteúdos multimídia.
O treinamento deve abordar como reconhecer inconsistências em vídeos, imagens e áudios, além de reforçar a importância da verificação de fontes antes de compartilhar informações.
Estabelecer políticas claras para o uso e compartilhamento de conteúdos digitais ajuda a prevenir a disseminação de materiais falsificados.
Isso inclui definir protocolos para validar a autenticidade de vídeos e imagens antes de utilizá-los em comunicações oficiais e criar regras que limitem o uso de informações sensíveis em chamadas de vídeo ou áudio.
Para implementar processos de verificação e autenticidade são necessárias ferramentas tecnológicas, como softwares de reconhecimento facial, que ajudam a identificar alterações artificiais em vídeos ou imagens.
As verificações manuais, como revisão de inconsistências visuais ou auditivas, podem contribuir, mas não são tão eficientes quanto as verificações automatizadas com o uso de tecnologias adequadas.
Proteger os dados da empresa contra acessos não autorizados exige sistemas de segurança avançados.
Tecnologias como firewalls, criptografia de dados e soluções de monitoramento em tempo real ajudam a prevenir a utilização de informações corporativas para criar deepfakes.
O reforço da infraestrutura de TI, combinado com auditorias regulares, minimiza os riscos e fortalece a segurança digital do negócio.
Não existem legislações no Brasil a respeito das deepfakes. Há leis contra a difamação e danos morais e à imagem.
Também existe o Marco Civil da Internet, que traz algumas determinações, especialmente no que se refere à exclusão de conteúdos das redes sociais. No entanto, não há um tipo penal específico para essa técnica de manipulação de conteúdos.
De toda forma, crimes cometidos nesse sentido podem ser punidos. Inclusive, vale a pena citar a Lei 13.178/2018, que configura como crime qualquer publicação de imagens de cunho sexual sem autorização do envolvido.
Portanto, ainda que essas leis não tratem, especificamente, de deepfake, elas também são válidas. Isso porque várias situações que envolvem essa tecnologia são entendidas como ilegais e podem ser enquadradas como crime.
A melhor forma de proteger o seu negócio da deepfake e outras fraudes documentais é usar softwares de tecnologia avançada que permitam diminuir os riscos cibernéticos. Um exemplo é o SantoiD, um produto com 3 soluções para garantir o máximo de segurança para sua empresa.
Ele oferece OCR, face match e tipificação para que você automatize o reconhecimento e extração de textos, a validação de documentos e a análise de padrões. Assim, essa plataforma é capaz de ajudar sua empresa a evitar diferentes tipos de fraude documental.
Na prática, toda a gestão e a validação de documentos é otimizada, o que permite a verificação em tempo real. Mais do que isso, a ferramenta não requer personalização e adaptação ao ambiente, reconhecimento prévio de arquivos e algoritmos. Sem contar que o funcionamento é simples.
Além disso, você tem toda a segurança e a escalabilidade do Google Cloud Platform e pode tornar sua empresa ainda mais protegida contra fraudes. Afinal, se o deepfake existe, você precisa agir para evitar prejuízos de reputação e financeiros. Com o SantoiD, você obtém esses benefícios e pode ter mais tranquilidade na rotina corporativa.
E você, quer entender melhor como se proteger das deepfakes? Conheça mais sobre o SantoiD, da SantoDigital, e veja como otimizar e automatizar a prevenção contra fraudes documentais na sua empresa.
Em vídeos, observe a frequência do piscar dos olhos, movimentos labiais inconsistentes com a fala ou expressões faciais que não correspondem às emoções. Para imagens, preste atenção a proporções irregulares, como no pescoço ou mãos, e inconsistências na iluminação ou cores.
Para combater a deepfake, as empresas devem:
Créditos da imagem: Freepik