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- maio 17, 2024
Os dispositivos móveis, como tablets e smartphones, tornaram-se extremamente populares nos últimos anos. A venda desses equipamentos explodiu em diversos países e também no Brasil, onde há um expressivo crescimento. Para se ter uma ideia, em 2013, a venda de smartphones passou a de aparelhos celulares convencionais.
Se antes smartphones e tablets eram apenas acessórios, hoje se tornaram aparelhos extremamente presentes no dia a dia, sendo utilizados em praticamente todas as situações da vida atual, do lazer ao escritório. Com isso, foi natural que trabalhadores, das mais variadas empresas e ocupando os mais diversos cargos começassem a levar esses aparelhos eletrônicos para o trabalho, seja para acessar e-mail, redes sociais ou utilizar outras ferramentas. Muito provavelmente, você tem esse hábito, correto?
Há algum tempo, as empresas perceberam como esse comportamento se tornou uma tendência irreversível. E pesquisando esse hábito, perceberam que levar smartphones e tablets para o trabalho não implicava em uma perda de produtividade, ao contrário: em diversos casos, a produtividade do funcionário subia e a prática trazia outros benefícios para as organizações.
Para aproveitar essa tendência, empresas de tecnologia passaram a utilizar a sigla BYOD (Bring Your Own Device) para incentivar os seus funcionários a trazerem seus aparelhos para o trabalho e mesmo desestimular que levassem equipamentos corporativos para a casa.
Aos poucos, diversas corporações desenvolveram políticas para estimular o BYOD de olho nas vantagens dessa prática.
A produtividade do funcionário aumentava e o ele passou a estar mais conectado à empresa. Isso acontecia, por exemplo, com o funcionário acessando mais frequentemente o e-mail corporativo e trocando mais informações com os companheiros de trabalho.
Com a utilização de serviços de armazenamento em nuvem, os dispositivos móveis tornaram muito mais fácil integrar o trabalho remoto e compartilhar informações e documentos com funcionários que não estejam no espaço físico da empresa.
Além disso, as empresas perceberam uma possibilidade de redução de custos por não precisarem mais fornecer laptops e outros dispositivos para os funcionários.
Com essas vantagens, o BYOD evoluiu para uma série de tendências chamadas BYOx – “Bring Your Own Everything”, ou traga o seu “tudo”, um termo que abriga diversas tendências similares, como incentivar os funcionários a utilizarem aplicativos ou serviços de armazenamento em nuvem de terceiros.
Para se implantar uma política de BYOD na sua empresa, é preciso desenvolver um planejamento cuidadoso. A principal preocupação deve ser estabelecer boas medidas de segurança para evitar que esses dispositivos carreguem vírus para a rede corporativa ou sejam utilizados para “vazar” informações confidenciais.
Uma medida simples, por exemplo, é estabelecer uma rede wireless paralela para utilização dos dispositivos pessoais. Isso evita que esses equipamentos tragam vírus que possam se infiltrar na rede principal da organização, acessando e danificando arquivos em rede e o servidor.
É fundamental que a empresa elabore políticas de QoS para diminuir o peso desses novos dispositivos conectados à rede, já que, atualmente, boa parte das pessoas possuem um ou mais aparelhos móveis. Em uma organização, isso pode representar o dobro ou o triplo de equipamentos conectados à rede, ou ainda mais, se pensarmos nos aparelhos de visitantes na empresa.
Tomando os devidos cuidados, o BYOD é uma excelente estratégia para turbinar a produtividade dos funcionários na sua empresa, principalmente se for comum a prática do home office ou se os funcionários realizarem com frequência trabalho remoto, em campo.
Quer saber mais sobre BYOD? Tem alguma dica para compartilhar?
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