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- ago 5, 2024
O CRISP-DM é uma metodologia amplamente utilizada em projetos de mineração de dados, analytics e data science, sendo essencial para organizações que buscam obter insights valiosos e otimizar processos com machine learning.
Em um cenário onde a Inteligência Artificial (IA) desempenha um papel estratégico, o uso de metodologias bem definidas é indispensável para minimizar riscos e garantir resultados consistentes. Essa metodologia é composta por seis etapas estruturadas, que ajudam a coordenar as atividades em projetos de Machine Learning (ML).
A seguir, entenda cada uma delas e veja como essa abordagem contribui para a eficiência e a precisão nos resultados.
CRISP-DM é a sigla para Cross-Industry Standard Process for Data Mining, ou Processo Padrão Inter-Indústrias para Mineração de Dados.
Trata-se de um método iterativo e cíclico, que orienta os profissionais a extrair informações relevantes a partir de dados brutos.
Por meio de suas etapas bem delineadas, o CRISP-DM auxilia as equipes a transformar dados em informações embasadas, fornecendo diretrizes claras para reduzir erros e aumentar a confiabilidade do projeto. Essa abordagem também oferece flexibilidade para lidar com ajustes necessários durante o desenvolvimento.
O Cross-Industry Standard Process for Data Mining é um modelo que independe do domínio de aplicação e de tecnologia, podendo ser aplicado em qualquer contexto pela generalidade da sua proposta. Para isso, divide as tarefas necessárias em soluções de data mining em 6 fases:
Essas etapas auxiliam a compreensão do processo e fornecem um roteiro a seguir durante o planejamento e a execução de um projeto nessa área.
O processo se inicia com a fase de entendimento do negócio. Nesse momento, há a definição e a compreensão tanto do contexto quanto do problema a ser resolvido para, em seguida, fazer o levantamento dos objetivos do projeto.
Também é fundamental contar com a colaboração das partes interessadas para garantir o alinhamento entre os objetivos do projeto e as demandas do negócio. Dessa forma, é possível evitar problemas nas próximas fases e atender às expectativas corporativas.
Nesse sentido, defina os objetivos, determine os recursos disponíveis, os requisitos do projeto, os riscos e as contingências. Ainda se recomenda analisar o custo-benefício da empreitada.
Todas essas verificações requerem a contribuição dos stakeholders. Isso porque cada um deles tem uma visão específica, que ajuda a identificar as reais necessidades do projeto e do negócio.
Portanto, é importante avaliar a necessidade de machine learning para a solução da demanda, bem como os riscos sobre os dados necessários e os possíveis modelos a desenvolver. Essa etapa deve garantir o alinhamento das expectativas entre fornecedor e cliente sobre os resultados esperados.
A segunda fase consiste na coleta, análise e compreensão detalhada dos dados disponíveis. A qualidade e a estrutura dessas informações são verificadas para identificar riscos e potenciais insights.
Caso surjam problemas nessa etapa, o CRISP-DM recomenda uma reavaliação da fase anterior para garantir que o projeto esteja alinhado às necessidades do negócio.
A preparação é uma das etapas mais desafiadoras e que consome mais tempo, abrangendo cerca de 60% a 70% do projeto. Os dados são organizados, limpos e transformados para se tornarem adequados à modelagem de machine learning.
Nesse momento, é realizada a seleção de variáveis, remoção de inconsistências e formatação das informações. Essa fase assegura que os dados estejam prontos para gerar modelos de alta qualidade.
Com os dados preparados, a modelagem de machine learning é realizada. A escolha do modelo mais adequado depende dos objetivos definidos e do tipo de problema a ser resolvido, o que pode incluir modelos preditivos ou descritivos.
Essa etapa também abrange a configuração de hiperparâmetros e a avaliação do desempenho por meio de métricas específicas. Em caso de resultados insatisfatórios, pode ser necessário retornar às fases anteriores.
A avaliação do modelo precisa mostrar com clareza que os requisitos do projeto foram atingidos. Caso contrário, verifique se o entendimento do problema está correto e como alcançar os objetivos a partir desse ponto.
Essa etapa não se limita à validação do desempenho técnico, mas também analisa os impactos no negócio e alinha os resultados às expectativas definidas inicialmente.
Se necessário, ajustes são feitos no modelo, ou etapas anteriores são revisitadas para otimizar os resultados.
A última fase envolve a aplicação prática do modelo desenvolvido, garantindo que os resultados sejam compreensíveis e úteis para o cliente. Além disso, o desempenho do modelo é monitorado em ambiente real para ajustes e melhorias contínuas.
Um relatório final é produzido para documentar as lições aprendidas e os resultados alcançados, contribuindo para o aprimoramento de futuros projetos.
O CRISP-DM oferece uma estrutura sistemática que simplifica o desenvolvimento de machine learning, promovendo maior eficiência e precisão. Ele ajuda a superar desafios comuns, como o tratamento de big data e a adaptação a mudanças ao longo do projeto.
Cada etapa é projetada para evitar desperdícios de recursos e garantir que os resultados sejam alcançados com agilidade e qualidade.
Um exemplo prático de como o CRISP-DM pode ser aplicado está no Santo iD, uma solução de OCR e Identity desenvolvida pela SantoDigital. O modelo utiliza o processo CRISP-DM de ponta a ponta para oferecer resultados precisos e confiáveis, alinhados às demandas dos clientes.
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O modelo CRISP-DM é uma metodologia ágil iterativa e cíclica que contempla 6 fases que direcionam os profissionais a obterem insights a partir de dados brutos. Usado na mineração de dados, no data science e no analytics, o modelo é usado no desenvolvimento de projetos de machine learning. A sigla significa Processo Padrão Inter-Indústrias para Mineração de Dados.
O CRISP-DM serve para desenvolver projetos de machine learning, superar desafios gerados pelo big data e obter insights a partir de dados brutos.