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- ago 13, 2025
O TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar) é o padrão obrigatório criado pela ANS para padronizar a comunicação eletrônica entre prestadores e operadoras de saúde no Brasil. Ele garante que todos usem os mesmos formatos, regras e códigos, o que evita erros e acelera o faturamento.
Antes da sua criação, cada hospital, clínica ou operadora usava formatos próprios, gerando incompatibilidade de sistemas, retrabalho e glosas. Com o TISS, a interoperabilidade se tornou possível e a digitalização do setor avançou rapidamente, trazendo mais segurança e eficiência para a saúde suplementar.
Ao ler este conteúdo, você vai entender o que é o Padrão TISS, como ele funciona, de que forma é estruturado, entre outras informações. Então, continue a leitura para conhecer!
O Padrão TISS é o conjunto de normas e formatos definido pela ANS para que sistemas de saúde troquem informações de forma padronizada e segura. Ele é obrigatório para todos os prestadores e operadoras do setor.
Na prática, funciona como um “manual universal” que orienta desde a estrutura dos arquivos eletrônicos até a terminologia usada para identificar procedimentos. Essa padronização garante que qualquer sistema consiga interpretar as informações sem erros, independentemente do software ou instituição que as envie.
O TISS é o padrão de comunicação que define o formato, as regras e o meio de transporte das informações. Já o TUSS é a terminologia padronizada dos procedimentos, ou seja, a lista de códigos que descreve o conteúdo da mensagem.
Uma boa analogia é pensar no TISS como o envelope e o carteiro, que entregam a informação, e no TUSS como o conteúdo da carta. Essa diferença é essencial para evitar confusão no preenchimento das guias e prevenir glosas por uso incorreto de códigos.
O componente organizacional do TISS estabelece as regras de negócio, fluxos de trabalho e prazos que todos devem seguir.
Ele define, por exemplo, como verificar elegibilidade de beneficiários, prazos de envio de guias e procedimentos para correção de informações. É a base regulatória que sustenta todo o funcionamento do padrão.
O componente de conteúdo e estrutura do TISS define o que deve ser enviado e como deve ser organizado nos arquivos.
Ele padroniza layouts, campos obrigatórios e o uso do formato XML. Essa definição garante que os sistemas “falem a mesma língua” ao transmitir informações.
O componente de representação de conceitos do TISS padroniza termos e códigos usados para identificar procedimentos, medicamentos e eventos em saúde.
Aqui se destaca a Tabela TUSS, que funciona como o dicionário oficial do TISS, evitando interpretações diferentes para o mesmo procedimento.
O componente de segurança e privacidade define medidas para proteger os dados trocados no padrão TISS.
Inclui requisitos como assinatura digital, criptografia e autenticação, o que garante conformidade com a LGPD e preserva a confidencialidade e integridade das informações.
O componente de comunicação do TISS define os meios técnicos para a transmissão de dados.
Normalmente, a troca acontece por web services usando padrões como XML e WSDL, garantindo que prestadores e operadoras possam se comunicar com segurança e eficiência.
As atualizações do TISS são importantes porque incorporam novos procedimentos, corrigem falhas e aumentam a segurança da comunicação. Ignorá-las pode comprometer o faturamento e gerar glosas.
A ANS revisa o padrão periodicamente, como ocorreu em julho de 2025 com a liberação de novas versões dos componentes. Essas mudanças acompanham a evolução tecnológica e as necessidades do setor, garantindo que o padrão continue eficiente e seguro.
Não se adequar à versão mais recente do TISS pode resultar em recusa de guias, aumento de glosas, atrasos no faturamento e vulnerabilidades de segurança.
Um estudo realizado em dois hospitais de São Paulo encontrou taxas médias de glosa de 10,90% e 5,44% do faturamento anual, com predominância de glosas administrativas sobre as técnicas.
Outro levantamento com uma operadora de autogestão, no período de 2018 a 2022, revelou uma taxa média anual de glosa de 10%, com prejuízo de R$ 932,15 por beneficiário/ano e perdas totais de R$ 184,8 milhões, sendo as glosas hospitalares 14 vezes maiores que as ambulatoriais.
Esses dados reforçam que manter-se em conformidade com o TISS não é apenas uma exigência regulatória, mas uma medida importante para proteger a saúde financeira das instituições.
O primeiro passo para implementar o Padrão TISS é auditar o fluxo de faturamento e identificar os pontos onde ocorrem erros relacionados ao padrão de Troca de Informações na Saúde Suplementar .
Mapeie gargalos, verifique causas de glosas e registre os impactos financeiros para priorizar correções.
O software de gestão deve estar sempre atualizado para a última versão do TISS, possuir validador de regras e gerar guias no formato XML exigido.
Sistemas desatualizados ou que não validam informações são um dos principais fatores de glosa.
Dados da clínica, contratos e tabelas precisam ser cadastrados corretamente no sistema. Além disso, a equipe deve entender cada etapa do processo e saber interpretar mensagens de erro geradas.
Antes de enviar as guias médicas, use o validador do sistema para identificar inconsistências no Padrão TISS. Essa prática simples pode reduzir significativamente as glosas e acelerar o recebimento dos valores.
Acompanhe KPIs como taxa de glosas e tempo médio de recebimento. Use os dados para realizar ajustes e manter a conformidade mesmo após mudanças nas regras.
O Padrão TISS não é apenas uma exigência da ANS: é a base para garantir segurança, eficiência e previsibilidade no faturamento das instituições de saúde. Mas para extrair o máximo valor dessa padronização, é preciso ir além da conformidade e investir em automação inteligente.
O SantoiD Saúde, desenvolvido pela SantoDigital, utiliza inteligência artificial, Machine Learning e OCR de alta precisão para identificar, extrair e validar informações de documentos médicos com até 99% de acurácia. Isso elimina processos manuais e acelera fluxos de trabalho, significando menos erros, menos glosas e mais produtividade para clínicas, hospitais e operadoras.
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O sistema TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar) é o padrão obrigatório definido pela ANS para padronizar a comunicação eletrônica entre prestadores e operadoras de planos de saúde no Brasil. Ele garante que todos utilizem formatos, regras e terminologias comuns.
Os cinco componentes do Padrão TISS são:
1. Componente organizacional – regras de negócio, prazos e fluxos de trabalho.
2. Componente de conteúdo e estrutura – layouts, campos obrigatórios e formato XML.
3. Componente de representação de conceitos em saúde – padronização de termos e códigos (ex.: Tabela TUSS).
4. Componente de segurança e privacidade – assinatura digital, criptografia e conformidade com LGPD.
5. Componente de comunicação – meios técnicos de transmissão (como web services).
TISS significa Troca de Informações na Saúde Suplementar, e se refere ao conjunto de normas, formatos e terminologias criadas pela ANS para unificar a comunicação entre diferentes agentes da saúde suplementar.
A principal diferença é que o TISS define o formato e as regras da comunicação, enquanto o TUSS é a terminologia padronizada que lista os códigos de procedimentos, exames e serviços médicos.
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