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- nov 13, 2024
À medida em que o processo de digitalização avança e que novas tecnologias, como a Internet das Coisas, ganham popularidade as discussões acerca de novas formas de armazenamento de dados ganham cada vez mais destaque. Atualmente, fala-se muito de uma transição de um modelo centralizado para um descentralizado, baseado na tecnologia Blockchain.
Mas, como um sistema de armazenamento baseado em Blockchain funcionará e por que parece tão promissor? Descubra a seguir!
Segundo estimativas da International Data Corporation (IDC), até 2025 haverá 41,6 bilhões de dispositivos de IoT gerando 79,4 zettabytes (ZB) de dados.
Esse aumento exponencial de demanda por armazenamento de dados não pode ser isento de problemas e preocupações urgentes. Alguns dos assuntos mais em pautas são:
Essas questões apontam para um novo modelo de arquitetura de armazenamento, baseada na tecnologia Blockchain que, gradualmente, vem ampliando suas possibilidades de aplicação.
A grosso modo, o blockchain pode ser descrito como um banco de dados descentralizado. Dessa forma, ao aplicar sua lógica de funcionamento para armazenamento de dados, podemos imaginar um sistema com servidores geograficamente distribuídos, que podem ser chamados de ‘nós’.
Ao adicionar um sistema de computação capaz de criptografar, segmentar, redundar e distribuir informações a esses milhares de nós de armazenamento, obtêm-se um suporte extremamente resiliente.
Imagine uma tecnologia de armazenamento em nuvem ponto a ponto. Em outras palavras, toda vez que você optar por armazenar dados:
Mas, como isso resolveria a demanda por armazenamento? Bem, a plataforma Blockchain que permite armazenamento descentralizado fornece um mercado para hosts e usuários através do uso de seu token nativo.
Assim, os participantes (hosts) de uma rede descentralizada de armazenamento de dados alugariam, por exemplo, espaço extra em seu computador para a plataforma Blockchain e, em troca de seu serviço, seriam pagos no token digital nativo do Blockchain.
No modelo financeiro, os usuários, que precisam armazenar seus dados, pagariam uma taxa de armazenamento no token nativo do sistema a um host.
O token nativo do Blockchain é utilizado para executar um contrato inteligente de armazenamento de arquivos na plataforma. Um host compromete-se a armazenar os dados por um período acordado em um espaço acordado e é obrigado a dar alguns dos tokens nativos do Blockchain como garantia.
O armazenamento de dados descentralizado deduz segurança e privacidade aprimoradas, o que é um excelente para o cumprimento de regulamentos, como a LGPD.
Os arquivos em uma rede descentralizada são desmembrados e espalhados por muitos nós (também chamado de processo de fragmentação) em diferentes localidades. Como mencionado anteriormente, os dados são criptografados com uma chave privada (hash), o que torna impossível para outros nós participantes visualizar o arquivo de um usuário.
Essa distribuição geográfica e a presença de milhares de nós não apenas supõem uma proteção adicional, mas também pode reduzir drasticamente os preços como resultado de uma forte pressão competitiva.
A tecnologia Blockchain pode simplificar a gestão de dados, agregando confiabilidade, facilitando o acesso e uso de dados críticos e mantendo a segurança dessas informações.
De fato, o Blockchain permite uma única fonte de dados de maneira distribuída com sua rede ponto a ponto autenticada, com cada nó tendo uma cópia de ‘dados mestre’. Por ter uma “fonte única de verdade”, é possível ter uma confiabilidade nas informações, uma vez que depois de criado um “bloco”, ele é imutável.
Um dos principais desafios no gerenciamento de dados é estabelecer a linhagem de dados ou, em outras palavras, rastrear dados depois que eles são criados. Isso significa saber para onde se movem e como são transformados à medida que se movem por vários estágios. Essa rastreabilidade é um recurso nativo do Blockchain.
Finalmente, o Blockchain fornece um registro permanente e distribuído de transações que podem ser criptografadas para fornecer diferentes níveis de acesso aos participantes. Novas transações são adicionadas e verificadas de acordo com protocolos que impedem a duplicação e garantem que o processo seja concluído mediante consenso.
Como você pode ver, o Blockchain oferece muitos recursos que podem fazer dele a melhor opção de armazenamento no futuro. No entanto, ainda é preciso resolver problemas como a latência, que tende a ser maior do que a observada em modelos centralizados.
Agora você já sabe um pouco mais sobre as possibilidades de armazenamento utilizando a tecnologia Blockchain e porque soa tão promissor. Se você gostou deste conteúdo, também irá gostar de conhecer o conceito de TI verde e suas vantagens para as empresas.