Ir para o site
  • Santo iD

Interoperabilidade na saúde: importância da tecnologia

  • Por: SantoDigital
  • maio 2, 2025
  • 7 minutos
Interoperabilidade na saúde

A interoperabilidade na saúde é decisiva para a integração e a eficiência dos sistemas de saúde modernos. Ela permite que diferentes sistemas e tecnologias se comuniquem, compartilhem e interpretem informações de forma eficiente e segura. 

A tecnologia na saúde desempenha um papel relevante nesse processo, já que facilita a troca de dados e melhora a qualidade do atendimento ao paciente. 

Neste artigo, vamos mostrar por que isso faz tanta diferença no dia a dia de quem cuida, de quem gere e de quem precisa de atendimento. Continue com a gente e entenda como esse tema impacta toda a cadeia da saúde.

O que é interoperabilidade na saúde?

A interoperabilidade na saúde é a capacidade de diferentes sistemas e tecnologias se comunicarem, trocarem e interpretarem informações entre si de forma eficiente e segura

Isso permite que componentes diversos, como registros eletrônicos de saúde, sistemas de prescrição eletrônica e dispositivos de monitoramento remoto de pacientes, compartilhem dados e trabalhem em conjunto.

Quais são os níveis de interoperabilidade na saúde?

A interoperabilidade na saúde pode ser dividida em diferentes níveis, cada um abordando aspectos distintos da integração e comunicação entre sistemas. Esses níveis funcionam como degraus que, juntos, constroem uma estrutura sólida para as tecnologias conversarem de maneira eficiente e segura. 

Básico

O nível básico refere-se à capacidade de diferentes sistemas trocarem dados de forma simples, sem necessariamente interpretar ou compreender o conteúdo dessas informações. 

Nessa etapa, os dados podem ser exportados de um sistema e lidos por outro, mas sem que haja entendimento pleno do que está sendo compartilhado. É como enviar um documento de texto entre pessoas que falam línguas diferentes: todos recebem o conteúdo, mas nem sempre conseguem entender.

Estrutural

No nível estrutural, os dados são organizados em formatos padronizados, o que permite que diferentes sistemas compreendam a estrutura das informações trocadas — o que inclui:

Essa organização permite uma leitura automática dos dados, mesmo que o significado ainda dependa de interpretações posteriores. Essa etapa garante que os sistemas “leiam a mesma tabela” e reconheçam colunas, nomes, datas e outras informações fundamentais.

Semântico

A interoperabilidade semântica garante que os sistemas compreendam o significado dos dados trocados, utilizando terminologias e códigos padronizados para representar informações clínicas. 

Aqui, não basta saber que um campo contém um número; é preciso entender que esse número representa, por exemplo, a pressão arterial ou o nível de glicose. Esse entendimento compartilhado permite decisões clínicas mais precisas e seguras, com menos espaço para erro ou confusão.

Organizacional

O nível organizacional envolve a coordenação e a integração dos processos de cuidado ao paciente entre diferentes provedores e sistemas de saúde. Isso garante um atendimento contínuo e de qualidade. 

Essa interoperabilidade está ligada à gestão, aos fluxos de trabalho e à cooperação entre instituições. Ela depende da padronização técnica, mas também de acordos administrativos, jurídicos e éticos que assegurem o uso correto e responsável dos dados.

É nesse nível que a interoperabilidade realmente impacta o dia a dia dos profissionais e pacientes, ao promover uma rede mais conectada e eficiente.

Qual a importância da interoperabilidade na saúde?

A interoperabilidade na saúde é fundamental para melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento ao paciente, além de promover a sustentabilidade do setor de saúde.

Quando os sistemas se comunicam com fluidez, profissionais de diferentes áreas conseguem trabalhar de forma integrada — o que fortalece a experiência do paciente e o desempenho das instituições.

Melhora da produtividade e escalabilidade

A interoperabilidade permite que os profissionais de saúde acessem informações de pacientes de forma rápida e eficiente. Essa agilidade reduz o tempo gasto na busca por dados e aumenta a produtividade

Com sistemas conectados, tarefas burocráticas se tornam automáticas, liberando mais tempo para o cuidado direto com o paciente. Sem contar que a escalabilidade se torna possível, já que a tecnologia pode ser aplicada a diferentes volumes de atendimento sem comprometer a qualidade.

Redução de custos

Ao facilitar a troca de informações entre sistemas, a interoperabilidade ajuda a reduzir custos operacionais, já que evita a duplicação de exames e procedimentos desnecessários

Gastos com retrabalho, atrasos e perda de dados também diminuem. A transparência no acesso às informações permite uma gestão financeira mais inteligente, com foco na prevenção e no uso consciente dos recursos.

Melhoria na qualidade do atendimento ao paciente

Com acesso a informações completas e atualizadas, os profissionais de saúde podem tomar decisões mais informadas — e assim, melhorar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes. 

Históricos clínicos bem organizados, alertas automatizados e dados compartilhados entre especialistas reduzem falhas e melhoram os desfechos clínicos.

Continuidade do cuidado

A interoperabilidade garante que as informações do paciente estejam disponíveis em diferentes pontos de atendimento. O que promove a continuidade do cuidado e evita lacunas no tratamento. 

Quando o prontuário segue o paciente, não importa onde ele esteja sendo atendido: a equipe consegue dar sequência ao plano de cuidado sem repetir exames ou expor o paciente a riscos desnecessários.

Suporte à sustentabilidade do setor de saúde

Ao melhorar a eficiência dos processos e reduzir custos, a interoperabilidade contribui para a sustentabilidade do setor de saúde. Isso permite que os recursos sejam utilizados de forma mais eficaz

Sistemas interoperáveis permitem uma visão ampla dos serviços, o que apoia estratégias de saúde pública, prevenção de doenças e controle de epidemias.

Minimização de erros médicos

Com acesso a informações precisas e atualizadas, os profissionais de saúde podem evitar erros médicos, como prescrições incorretas ou interações medicamentosas perigosas. 

A tecnologia pode emitir alertas automáticos sobre alergias, duplicidade de medicamentos ou contraindicações, dando suporte à decisão clínica em tempo real.

Assistência à pesquisa e inovação

A interoperabilidade facilita o acesso a grandes volumes de dados de saúde, apoiando a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e tratamentos. Dados clínicos organizados permitem a realização de estudos com base em evidências reais, o que acelera descobertas e valida inovações com mais agilidade e confiança.

Fortalecimento da governança de dados

Ao padronizar a troca de informações, a interoperabilidade fortalece a governança de dados — e assim, garante a segurança e a privacidade das informações dos pacientes

Políticas bem definidas de acesso e uso, aliadas a sistemas seguros e rastreáveis, tornam o controle da informação mais efetivo e transparente.

Garantia de conformidade regulatória

A interoperabilidade ajuda as organizações de saúde a atenderem às exigências regulatórias, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ao garantir a segurança e a privacidade das informações dos pacientes. 

Além de reduzir riscos legais, isso aumenta a confiança do público e fortalece a reputação institucional, essencial em um ambiente onde a credibilidade é fator decisivo na escolha de prestadores de serviço.

Quais são os desafios para a interoperabilidade na saúde?

Apesar dos benefícios, a implementação da interoperabilidade na saúde enfrenta diversos desafios que precisam ser superados. Esses obstáculos não estão apenas ligados à parte técnica, mas envolvem também fatores humanos, culturais e regulatórios

Superá-los exige esforço coletivo, investimentos planejados e uma mudança de mentalidade no setor.

Falta de padronização na troca de informações

A ausência de padrões comuns para a troca de informações dificulta a integração entre diferentes sistemas e tecnologias. 

Muitos sistemas ainda operam de forma isolada, com estruturas de dados que não se conversam. Essa falta de compatibilidade compromete a troca fluida de informações e limita o potencial das tecnologias já implementadas.

Barreiras culturais e resistência à mudança

A adoção de sistemas interoperáveis pode enfrentar resistência por parte dos profissionais de saúde, que precisam se adaptar a novas formas de trabalho. 

Algumas equipes enxergam as mudanças como perda de controle ou aumento da complexidade — o que pode atrasar ou até impedir a adoção de soluções mais modernas

Esse bloqueio muitas vezes ocorre por falta de compreensão dos benefícios ou pela insegurança em lidar com ferramentas digitais.

Questões legais e de privacidade

A troca de informações de saúde entre diferentes sistemas levanta preocupações sobre a privacidade e a segurança dos dados dos pacientes. 

Regulamentações rigorosas e divergentes entre instituições também dificultam a criação de um ambiente interoperável. Além disso, garantir o consentimento dos pacientes e o controle sobre quem acessa os dados é uma exigência que demanda soluções tecnológicas seguras e políticas claras.

Custos financeiros

A implementação de sistemas interoperáveis pode exigir grandes investimentos em infraestrutura e treinamento. Isso pode ser um obstáculo para algumas organizações de saúde. 

Em muitos casos, as instituições não têm recursos para adquirir novos sistemas ou realizar atualizações nas tecnologias existentes. O desafio é equilibrar o investimento com os benefícios a longo prazo.

Infraestrutura tecnológica insuficiente

A falta de infraestrutura tecnológica adequada pode dificultar a implementação da interoperabilidade — especialmente em regiões com recursos limitados. 

Muitas instituições ainda dependem de conexões instáveis, equipamentos obsoletos ou sistemas desconectados da nuvem. Esse cenário restringe o acesso em tempo real aos dados e reduz a capacidade de resposta das equipes clínicas.

Fragmentação dos sistemas de saúde

A existência de múltiplos sistemas de saúde, com diferentes tecnologias e processos, dificulta a integração e a troca de informações entre eles. Cada instituição adota suas próprias soluções, o que gera ilhas de dados desconectadas. 

A falta de um ecossistema integrado impacta negativamente o atendimento, que se torna mais lento, menos eficiente e propenso a falhas.

Necessidade de capacitação profissional

A adoção de sistemas interoperáveis requer que os profissionais de saúde sejam capacitados para utilizar as novas tecnologias de forma eficaz. Sem treinamento adequado, há risco de subutilização das ferramentas e aumento da desconfiança entre os usuários. 

Investir na formação contínua é uma etapa essencial para garantir o uso seguro, produtivo e colaborativo das soluções digitais.

Como a tecnologia contribui para a interoperabilidade na saúde?

A tecnologia é decisiva na promoção da interoperabilidade na saúde, ao facilitar a troca segura de dados e melhorar a eficiência dos processos.

Soluções baseadas em APIs, computação em nuvem e padrões como o FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources) permitem a integração de diferentes sistemas e a troca segura de informações.

Tecnologias como OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres), tipificação e biometria facial automatizam processos e garantem a segurança dos dados, melhorando a eficiência e a qualidade do atendimento ao paciente.

Melhore a interoperabilidade na saúde com o SantoiD!

O SantoiD é uma solução inovadora que automatiza o processamento de documentos clínicos — e assim, elimina tarefas repetitivas e reduz a chance de erros humanos. 

Ele consegue extrair, organizar e integrar dados de fontes diversas, de maneira segura e estruturada. Esses recursos permitem que os profissionais de saúde tenham acesso rápido às informações mais importantes.

A tecnologia do SantoiD utiliza inteligência para interpretar documentos digitalizados, conectando-os com os sistemas internos das instituições de saúde, o que garante:

  • agilidade no fluxo de trabalho;
  • mais precisão na tomada de decisão; e
  • segurança no armazenamento dos dados. 

Com essa integração inteligente, é possível compartilhar informações entre sistemas distintos sem comprometer a confidencialidade e a integridade das informações dos pacientes.

Com o SantoiD, clínicas, hospitais e operadoras de saúde conseguem reduzir atrasos, padronizar processos e eliminar barreiras na comunicação entre sistemas

A interoperabilidade se torna mais simples e eficiente, o que contribui diretamente para a melhoria no atendimento, no controle de dados e na gestão de recursos das instituições de saúde.

Acesse o site para saber mais sobre o SantoiD e como ele pode ajudar a melhorar a interoperabilidade na saúde.

Resumindo

O que é interoperabilidade na saúde?

É a capacidade de diferentes sistemas de saúde trocarem informações de forma segura, contínua e compreensível, garantindo agilidade, precisão e qualidade no atendimento ao paciente.

Quais são os tipos de interoperabilidade no setor da saúde?

Existem quatro tipos de interoperabilidade no setor da saúde: básico, estrutural, semântico e organizacional. Cada um trata de aspectos técnicos e operacionais que permitem a integração de sistemas e dados clínicos entre instituições.

O que é interoperabilidade?

Interoperabilidade é a habilidade de diferentes sistemas e tecnologias se conectarem, compartilharem dados e funcionarem de forma integrada, mantendo a compreensão e a integridade das informações trocadas.

Crédito da imagem: Freepik

Compartilhe esse artigo

Conteúdos relacionados

Newsletter Newsletter

Fique por dentro

Com a newsletter da SantoDigital, você estará sempre um passo à frente, pronto para elevar seu negócio com o poder da inovação digital.

Inscrição realizada com sucesso.