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- nov 13, 2024
Há aqueles que afirmam que a evolução da cultura de DevOps levará à adoção generalizada de uma estratégia de desenvolvimento de software na qual os desenvolvedores não dependem da área de operações de TI. O interesse por essa estratégia, conhecida como “NoOps”, tem atraído muita atenção ultimamente. Porém, ainda está longe de se tornar uma realidade.
Embora algumas organizações tenham iniciado a implementação de NoOps, a adoção ampla não acontecerá rapidamente. Para isso, é necessário saber como começar a investir em cloud computing.
Além disso, é bom manter uma mente aberta sobre novas abordagens que reivindicam um potencial revolucionário. E certamente vale a pena observar como o NoOps pode beneficiar sua fábrica de software. Quer saber mais? Continue lendo!
O NoOps é uma evolução do DevOps e foca a automação do gerenciamento da infraestrutura de TI. Assim, as atividades dos desenvolvedores e dos responsáveis por todo o ambiente são integradas para alcançar a máxima produtividade e eficiência. Isso porque a equipe que cuidava das operações de DevOps atuava de forma estratégica.
Em outras palavras, há menor intervenção humana nas operações realizadas. Isso representa redução de custos e menos necessidade de contratação. Ao mesmo tempo, o No Operations também é uma melhoria na própria tecnologia de computação em nuvem.
O motivo para isso é a provisão dinâmica de software e hardware. Como consequência, o profissional de operações assume novas funções, como na engenharia da computação. De toda forma, ele atua de maneira mais estratégica e contribui com o alcance dos objetivos organizacionais.
Os benefícios dos ambientes NoOps são:
Para implementar o método NoOps, é preciso seguir algumas dicas. Veja quais são elas.
O DevOps é um modelo de atuação voltado à simplificação de processos e à integração das áreas. Portanto, alguns elementos dessa cultura são benéficos para o NoOps. Algumas delas são o tempo médio de reparo diminuído devido ao monitoramento constante e aos testes nas aplicações em desenvolvimento, e a entrega de software de forma automatizada.
Além disso, vale a pena investir no compartilhamento de conhecimento. Como o DevOps prevê a integração, contar com uma base documental do processo automatizado permite que todos compreendam os benefícios do NoOps.
A automação é fundamental para trazer eficiência aos processos. Ao acabar com as tarefas repetitivas manuais, a equipe foca ações estratégicas e atividades complexas, que trazem mais resultados para o negócio. Ao mesmo tempo, isso ajuda a reduzir custos e a evitar o retrabalho.
Os serviços gerenciados são eficientes por vários motivos. Eles foram testados previamente em diferentes cenários, diminuindo a chance de ocorrer interrupções indesejadas. Assim, a infraestrutura em cloud computing não requer uma gestão especializada. Quando é necessário fazer intervenções, o processo é realizado de forma automatizada e com base em métricas.
Considere todo o ciclo de vida, porque as métricas permitem encontrar gargalos. Dessa forma, é possível ver o que melhorar e quais decisões devem ser tomadas.
As mudanças na área de operações começaram em 2017, quando o ciberataque WannaCry atingiu organizações em todo o mundo. Se há uma coisa garantida para chamar a atenção do público para a área de operações em TI, são notícias sobre os principais ataques. Eles podem ocorrer com a falha em atualizar ou corrigir softwares conhecidos por apresentarem vulnerabilidades de segurança.
Sem dúvida, alguns profissionais de TI, estavam se sentindo um pouco desanimados quando a notícia foi divulgada. Outros podem estar se sentindo desvalorizados, vendo as operações de TI retratadas de uma forma tão negativa.
Isso é esperado no contexto da cultura de DevOps. Tanto é que parece reduzir a necessidade de pessoal de operações de tal forma que se começou a falar sobre o fim das operações de TI como conhecemos — NoOps sendo a palavra de ordem que chegou para descrever essa situação.
O termo NoOps não é tão novo quanto você imagina. Já em 2013, se falava sobre essa ser a evolução lógica do DevOps. Dessa perspectiva, parece que o primeiro sempre foi destinado a ser o resultado lógico do segundo.
Mas as coisas são tão claras? O DevOps inevitavelmente leva à minimização de operadores ou é um chavão e nada mais?
O DevOps é, agora, um método bem estabelecido para a implantação contínua de aplicativos e softwares. Inclusive, é um requisito para permanecer competitivo diante da transformação digital.
A parte operacional do DevOps lida com o gerenciamento de configurações e de versões. Contudo, raramente se preocupa com a execução de data centers ou com a implantação de máquinas virtuais.
Essas tarefas são deixadas, principalmente, para um provedor de serviços em nuvem. Se ainda houver uma equipe interna de TI encarregada de tais tarefas, pode ser difícil fornecer um ambiente serveless, sem servidor.
Basicamente, enquanto no DevOps o desenvolvimento e operações trabalham juntos em cada fase da criação de aplicativos e softwares, no NoOps essas duas áreas não precisam interagir.
Essa é a única maneira que os desenvolvedores podem usar metodologias de DevOps para implantar aplicativos em casa com a mesma facilidade que eles encontrariam em um serviço na nuvem, se tiverem pouco conhecimento de operações tradicionais.
Para tornar o NoOps uma realidade, é preciso se perguntar: então, os próximos desenvolvedores de aplicativos não estão tendo que lidar com profissionais de operações? É possível automatizar as tarefas de criação e gerenciamento de infraestrutura necessária para criar e implantar versões de aplicativos.
Embora isso seja um desafio, permitiria que os desenvolvedores gerenciassem e mantivessem códigos ativos, além de seu código de desenvolvimento.
Ainda restam dúvidas sobre qual tecnologia seria necessária para tornar esse cenário uma realidade (monitoramento, feedback e análise de causa raiz vêm à mente). E quanto ao papel contínuo das operações internas? Esse cenário só é possível com a infraestrutura de nuvem ou poderia ser realizado com infraestrutura no local?
Embora o conceito de NoOps esteja consolidado, sua adoção generalizada parece um pouco distante — e não necessariamente inevitável. Talvez a verdadeira questão seja: se isso acontecer, com que eficácia permitirá às empresas maximizar a produtividade de suas fábricas de software?
Será interessante ver como os primeiros usuários se beneficiam dessa nova realidade e se ela possibilitará sua transformação digital tão necessária. Afinal, o NoOps parece ser o futuro, mas ainda há muito a mudar.
Aproveite e veja se sua empresa está preparada para a transformação digital com as dicas do nosso artigo sobre o assunto!