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- nov 15, 2024
A cibersegurança é uma questão importante que diz respeito a todas as empresas, independentemente do seu tamanho. Isso porque os efeitos da má segurança de dados, dos ataques cibernéticos, de falhas técnicas ou de negligência humana podem afetar seriamente as atividades de uma organização e, até mesmo, comprometer a continuidade dos negócios.
A chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020, reforça a necessidade e urgência das empresas investirem em soluções capazes de garantir a proteção de seus dados.
A seguir, conheça alguns dos motivos pelos quais você deve se preocupar com a cibersegurança da sua empresa. Confira!
Cibersegurança é o conjunto de práticas, tecnologias e processos voltados para proteger sistemas, redes, dispositivos e dados digitais contra acessos não autorizados, ataques, danos ou interrupções. Esses ataques podem visar roubar, alterar ou destruir informações sensíveis, causando grandes prejuízos.
Dessa maneira, o objetivo da cibersegurança é garantir a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade das informações, prevenindo ameaças como hackers, malware, roubo de dados e outros tipos de crimes digitais.
Conforme o MPMT, no ano de 2024, o custo médio por violação de dados no Brasil foi de R$ 6,75 milhões. Além disso, os ataques de ransomware podem aumentar esses custos para mais de USD 4,88 milhões, excluindo o pagamento de resgates. O cibercrime pode custar R$ 16 bilhões por ano.
Por isso, implementar medidas de cibersegurança é indispensável para evitar esses custos elevados e proteger a integridade e confidencialidade dos dados empresariais.
A cibersegurança se baseia em cinco pilares essenciais para proteger as organizações contra ameaças digitais, são eles: identificar, proteger, detectar, responder e recuperar.
Esses pilares orientam as organizações sobre as melhores práticas de gestão para ameaças cibernéticas e construção de uma estrutura de cibersegurança. Confira quais são e como funcionam os 5 pilares da cibersegurança:
Malware é um software malicioso projetado para danificar ou comprometer sistemas de computador. Hackers utilizam malware para obter acesso não autorizado a dados sensíveis, controlar sistemas remotamente e causar interrupções.
Esse software pode se espalhar por anexos de e-mails suspeitos ou downloads que parecem legítimos, visando tanto ganhos financeiros quanto ataques com motivação política.
A presença de malware pode resultar em perdas financeiras e danos à reputação da empresa, tornando crucial a implementação de medidas robustas de cibersegurança.
A injeção de SQL é um ataque cibernético onde hackers inserem código malicioso em um banco de dados através de comandos SQL. Esse ataque explora falhas em aplicativos que interagem com bancos de dados.
Com a injeção de SQL, os invasores podem obter acesso a informações confidenciais, modificar ou até mesmo excluir dados armazenados. Esse tipo de ataque representa uma ameaça significativa à integridade dos dados corporativos, destacando a importância de medidas robustas de cibersegurança para prevenir vulnerabilidades.
Phishing envolve o envio de e-mails que parecem ser de fontes confiáveis para enganar os usuários a revelar informações confidenciais. Esses ataques muitas vezes pedem dados de cartão de crédito ou credenciais de login.
Uma variação mais direcionada, o spear phishing, personaliza e-mails para enganar indivíduos específicos. Além disso, o phishing faz parte da engenharia social, que manipula pessoas para obter informações sigilosas. Em 2020, quase um terço das violações envolveu técnicas de engenharia social, com 90% delas sendo phishing.
Ataques “man-in-the-middle” ocorrem quando um invasor intercepta a comunicação entre duas partes para roubar dados. Em redes Wi-Fi inseguras, esses ataques podem capturar informações sensíveis transmitidas entre o dispositivo e a rede.
Os invasores podem modificar ou roubar dados sem o conhecimento das partes envolvidas. Para se proteger contra esses ataques, é essencial usar conexões seguras e criptografadas. Esses ataques são particularmente comuns em dispositivos IoT, que frequentemente têm vulnerabilidades exploradas por cibercriminosos.
Um ataque de negação de serviço (DoS) ocorre quando cibercriminosos sobrecarregam servidores ou redes com tráfego excessivo, impedindo que respondam a solicitações legítimas. Esses ataques tornam sistemas e serviços indisponíveis, causando interrupções significativas.
Os ataques DoS podem ser distribuídos (DDoS), usando várias fontes para aumentar o impacto. Eles resultam em tempo de inatividade e prejuízos financeiros consideráveis para as empresas afetadas.
A proteção contra ataques DoS envolve a implementação de medidas de segurança robustas e monitoramento contínuo para detectar e mitigar o tráfego malicioso.
Não restam dúvidas que, mais do que nunca, os dados representam importantes ativos para as empresas. Hoje, existem diferentes formas de monetizá-los e obter vantagens competitivas.
Logo, a perda de dados também representa significativas perdas financeiras. Muitos ataques são direcionados para obter informações bancárias ou realizar fraudes, que acabam impactando diretamente o caixa das empresas.
Além disso, incidentes de segurança podem causar a interrupção dos negócios, o que gera perda de oportunidades, ociosidade dos colaboradores, etc.
Isso sem falar dos ataques ransomware, que consistem no sequestro de dados por meio de criptografia, sendo exigido o pagamento de um resgate em troca da chave de acesso.
Segundo a União Internacional de Telecomunicações, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), entre os anos de 2017 e 2018 o Brasil teve prejuízos que ultrapassaram US$ 20 bilhões advindos dos ataques cibernéticos.
Um outro estudo global, conduzido pela Bitdefender, apontou que 57% das empresas registraram algum tipo de ataque cibernético entre 2017 e 2019. Esses dados evidenciam a importância de implementar medidas para impedir ataques dessa natureza.
Incidentes de vazamento de dados impactam diretamente na imagem da marca, gerando desconfiança em seus clientes e demais stakeholders.
Para uma empresa que possui e-commerce, por exemplo, a cibersegurança é um requisito fundamental. Isso porque, para oferecer uma experiência de compra mais envolvente e uma jornada mais facilitada, é comum que informações sensíveis dos clientes sejam coletadas.
O vazamento de tais informações pode gerar uma perda de credibilidade irreversível, acarretando, por exemplo, em processos judiciais.
A mesma lógica se aplica a empresas de sistemas de folha de pagamento. Todas as informações processadas nesse segmento são extremamente sensíveis, pois, além de informações pessoais dos colaboradores, envolve o plano de remuneração e benefícios das organizações.
Logo, ter bons níveis de cibersegurança é uma forma de preservar a credibilidade de uma marca e afastar incidentes que comprometam a continuidade dos negócios.
A LGPD, dentre várias exigências, estabelece que as empresas devem garantir a proteção dos dados sensíveis de terceiros em seu poder.
Dessa forma, caso não implemente um modelo eficiente de cibersegurança em sua empresa, ela estará sujeita às sanções e penalidades previstas na lei, que variam entre R$ 50 milhões e 2% do faturamento anual.
De fato, não existe um modelo de cibersegurança que sirva para todas as empresas. O ideal é que cada organização realize uma avaliação de sua infraestrutura e sistemas e identifique os riscos e vulnerabilidades para, assim, adotar procedimentos e ferramentas cabíveis.
No entanto, existem algumas práticas que são comuns a todos os negócios e que podem ajudar na melhoria da segurança. São elas:
A Computação em Nuvem é um componente muito importante para as empresas que desejam melhorar seu nível de cibersegurança. As melhores plataformas contam com avançados mecanismos de proteção baseados em Inteligência Artificial, além de infraestrutura de ponta e os melhores procedimentos para oferecer um ambiente seguro para sua empresa.
Além das ameaças externas, as empresas devem estar preparadas para lidar com falhas de equipamentos, erros humanos e desastres naturais. Para todos esses casos, a realização de backup é fundamental, pois garante que sua empresa tenha à disposição uma cópia de seus dados críticos, que podem ser recuperados sempre que necessário.
É imprescindível que sua empresa adote ferramentas e tecnologias que criem camadas de proteção e resposta a incidentes de segurança. Isso inclui, por exemplo, proxy, VPN, firewall, antivírus profissional, anti-malware, etc.
É fundamental que as empresas adotem políticas de segurança eficazes, onde sejam estabelecidos requisitos de controle de acesso, padrão de senha, política de uso da Internet, etc.
Agora você já sabe um pouco mais sobre a importância da cibersegurança e algumas formas de melhorar a proteção dos dados de sua empresa.
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A cibersegurança e a segurança da informação são conceitos relacionados, mas têm objetivos diferentes.
A cibersegurança foca na proteção de sistemas, redes e dados no ambiente digital, ou seja, é voltada para proteger informações que circulam em redes conectadas à internet ou a dispositivos digitais. Tendo como objetivo a defesa contra ataques cibernéticos, como hackers, malwares, phishing, e outros tipos de ameaças digitais.
Já a Segurança da Informação refere-se à proteção de informações em qualquer forma ou meio (digital ou físico), garantindo sua confidencialidade, integridade e disponibilidade. Seu objetivo é proteger as informações de qualquer ameaça, independentemente de serem digitais ou não.
Ambas são essenciais, mas a cibersegurança é uma parte específica e fundamental dentro do contexto maior da segurança da informação.
As tendências em cibersegurança para os próximos anos refletem as rápidas mudanças tecnológicas, o aumento das ameaças cibernéticas e a evolução das regulamentações de privacidade. Assim, as principais tendências de cibersegurança que devem se destacar são:
IA e ML estão sendo usados para identificar padrões de ataques e responder de forma mais rápida e automatizada a ameaças. A capacidade de prever vulnerabilidades e ataques com base em dados históricos será uma grande vantagem.
O número crescente de dispositivos IoT, que se refere à Internet das coisas, em português, representa um grande desafio de segurança, pois muitos têm pouca ou nenhuma proteção nativa. A cibersegurança para IoT terá que evoluir rapidamente para proteger redes que dependem de dispositivos conectados.
A computação quântica tem um papel fundamental na proteção e processamento de dados, já que os computadores quânticos utilizam qubits, que, devido à mecânica quântica, podem estar em vários estados ao mesmo tempo.
Uma aplicação promissora na cibersegurança é o desenvolvimento de algoritmos quânticos capazes de identificar e reagir a ataques de forma proativa, com base na análise de dados anteriores.
Por outro lado, há uma preocupação crescente de que criminosos digitais possam empregar a computação quântica para romper a segurança dos algoritmos de criptografia atuais, o que comprometeria seriamente a segurança das comunicações.
Por fim, vale destacar o crescimento do blockchain e das tecnologias de registro distribuído (DLT), que estão transformando a segurança digital. O blockchain, em especial, propõe um modelo descentralizado e imutável, que contrasta com as abordagens convencionais de armazenamento e transferência de dados. Ao garantir um registro transparente e resistente à adulteração de transações, o blockchain não só reforça a integridade dos dados, como também diminui consideravelmente os riscos de ciberataques, como fraudes e falsificações.
A cibersegurança desempenha um papel essencial na Indústria 4.0, pois esta nova revolução industrial é caracterizada pela integração de tecnologias digitais, automação avançada, Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e análise de grandes volumes de dados (Big Data).
O número de conectividade e interdependência dos sistemas industriais criam novas oportunidades, mas também aumentam os riscos de ataques cibernéticos. Abaixo estão as principais razões pelas quais a cibersegurança é fundamental na Indústria 4.0:
Na Indústria 4.0, onde a digitalização e a conectividade permeiam todas as operações, a cibersegurança é uma prioridade absoluta. Ela não apenas protege as operações e os dados, mas também garante a inovação, a confiabilidade e a competitividade das empresas no cenário global.