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- nov 13, 2024
Calcular o ROI da migração para a nuvem não é uma tarefa fácil, porém é extremamente necessária. É com base nesses cálculos que as empresas podem ter uma base confiável sobre quão vantajoso pode ser essa estratégia.
ROI é a sigla de Return on Investment (Retorno do Investimento, em português) e é uma medida de desempenho usada para avaliar a eficiência de um investimento ou comparar a eficiência de vários investimentos diferentes.
Um levantamento realizado pela empresa Nucleus Research analisou 85 estudos de caso de empresas americanas e constatou que as soluções Softwares como Serviço (SaaS), por exemplo, fornecem em média 3,2 vezes o ROI de uma solução On Premise.
No entanto, você precisa realizar o cálculo com base nas necessidades do seu negócio, visto que o ROI varia de empresa para empresa. Efetuando esse procedimento você pode fazer uma análise completa sobre as vantagens financeiras da adoção da nuvem. Saiba mais abaixo:
Antes de calcular o ROI, as empresas devem fazer um levantamento de seus recursos existentes e determinar os custos de migrá-los para a nuvem.
Nesse sentido, um erro comum é presumir que a empresa está usando 100% de seus recursos atuais. Vale lembrar que em uma organização que utiliza somente soluções On Premise, quase sempre haverá itens subutilizados, que só serão plenamente usados em raras ocasiões.
Essa, inclusive, é uma vantagem da nuvem, pois nela você paga somente pelo que utiliza. Por isso, assumir a utilização total dos recursos leva ao excesso de provisionamento na nuvem e induz ao erro na hora de calcular o ROI.
Dessa forma, é preciso que as empresas criem um perfil de seus requisitos de desempenho, capacidade e disponibilidade com base nos dados do monitoramento de sua infraestrutura de TI.
Também é recomendável uma análise histórica de um período de, ao menos, um ano para capturar todas as flutuações nas necessidades. Além disso, delineie totalmente seus requisitos de desempenho e segurança.
Agora é hora de aprofunda na análise das despesas. Para fins de comparação, avalie seus custos locais para executar o grupo de aplicativos que você deseja migrar para a nuvem. Certifique-se de incluir os custos de hardware, software, atualização, manutenção e de infraestrutura.
Por exemplo, sua empresa pode considerar o desempenho e a segurança como fatores mais importantes. Então, esses serão os quesitos chaves. Dessa forma, você deve estabelecer os parâmetros aceitáveis para sua empresa levando em conta esses dois pontos e, assim, encontrar o fornecedor ideal.
Após realizar todos os levantamentos e obtidos os custos e ganhos referentes à migração é o momento de calcular o ROI.
Para isso, é preciso subtrair o investimento inicial do ganho obtido com o investimento. Esse resultado deve ser dividido pelo custo do investimento. Veja na fórmula:
ROI = (Ganho obtido – investimento inicial) / investimento inicial
Vamos exemplificar: para o caso de uma migração de uma solução para uso da infraestrutura em nuvem (IaaS) que tem o custo de R$ 90.000 em três anos e ganhos de R$ 380.000 no mesmo período. Nesse caso, o resultado o ROI é 3,2. Ou seja, o retorno foi de 3,2 vezes o investimento inicial.
ROI = (R$ 380.000 – R$ 90.000) / R$ 90.000 = 3,2
Vale destacar que esse cálculo realizado é o chamado ROI simples. Existem outras metodologias mais complexas que levam em consideração riscos atrelados e benefícios subjetivos. Por isso, podem necessitar de análises mais apuradas e conhecimentos especializados.
Porém, de maneira geral, calcular o ROI como demonstramos aqui já ajuda as empresas a terem uma boa noção sobre os benefícios financeiros da migração para a nuvem.
Lembrando que os benefícios da nuvem não se restringem à redução de custos. Com essa tecnologia, sua empresa obtém ganhos consideráveis em produtividade, competitividade, segurança, escalabilidade e muito mais.
Para saber mais sobre os benefícios da migração para a nuvem, não deixe de ler nossa artigo que responde a seguinte pergunta: Por que só cresce o número de médias empresas na nuvem?