- 6 minutos
- set 8, 2025
Adotar novas tecnologias no Direito sempre gera dúvidas legítimas. Afinal, no final das contas a pergunta mais importante sempre é: “o que eu realmente ganho com isso?”. Quando falamos de benefícios da inteligência artificial no Direito, estamos falando de ganhos que vão além da inovação. São resultados práticos, que impactam o dia a dia dos profissionais, o atendimento ao cliente e o desempenho do escritório como um todo.
Esses ganhos já não são apenas uma previsão. Uma pesquisa da OAB-SP revelou que 55,1% dos advogados no Brasil já utilizam IA generativa no seu trabalho, especialmente para reduzir o tempo em tarefas como análise de documentos, redação de peças jurídicas e pesquisa de jurisprudência. Esse uso consolidado mostra que a tecnologia deixou o campo da teoria para contribuir de fato com produtividade, precisão e vantagem competitiva.
Neste conteúdo, você vai descobrir não só o que faz a IA ser tão poderosa dentro do universo jurídico, mas também reunir uma lista clara e concreta dos principais ganhos que ela traz — produtividade, economia, eficiência e diferenciação — e entender por que investir nessa tecnologia hoje é garantir relevância no futuro da advocacia.
A inteligência artificial no contexto jurídico pode ser definida como o uso de ferramentas computacionais no Direito capazes de executar tarefas que tradicionalmente exigiriam a cognição humana, como ler documentos, identificar padrões, analisar jurisprudência e sugerir estratégias jurídicas. Mais do que simples automação baseada em regras fixas, trata-se de tecnologia que aprende com dados, melhora continuamente e oferece suporte inteligente ao trabalho do advogado.
Na prática, isso significa que a IA funciona como um multiplicador de capacidade intelectual. Enquanto uma equipe gastaria dias para revisar milhares de páginas em um processo, um sistema com IA pode executar essa tarefa em minutos, destacando pontos críticos e reduzindo o risco de falhas humanas. O advogado continua sendo o responsável por interpretar e decidir, mas agora tem em mãos informações organizadas, completas e analisadas de forma rápida.
Além disso, a IA jurídica pode ser aplicada em diferentes camadas da rotina, desde a pesquisa de jurisprudência mais relevante até a análise de risco em contratos e o monitoramento automático de prazos processuais. Dessa forma, ela não substitui o papel humano no Direito, marcado pelo raciocínio crítico, pela empatia e pela estratégia, mas libera tempo e recursos para o profissional atuar exatamente nesses aspectos de maior valor.
Os benefícios da inteligência artificial no Direito já são evidentes e mensuráveis, não estamos falando apenas de teorias. A seguir, mostramos como esses ganhos se traduzem na prática!
Nos EUA, a American Bar Association aponta que o uso de IA por advogados cresceu de 11% em 2023 para 30% em 2024, com a eficiência como principal motivação. Já o Future of Professionals Report da Thomson Reuters calcula que a IA pode liberar até 200 horas por ano por profissional.
No Brasil, cenário semelhante já começa a se desenhar. Segundo pesquisa da OAB-SP, 55,1% dos advogados já usam IA generativa em suas rotinas, especialmente para análise de documentos e redação de peças. Isso mostra que o aumento de eficiência não é apenas uma tendência internacional, mas uma realidade no setor jurídico brasileiro.
Segundo a pesquisa 2025 Future of Professionals da Thomson Reuters, o uso de IA poderia gerar US$ 20 bilhões anuais em economia para o setor jurídico dos EUA, com ganhos médios de US$ 19.000 por profissional por ano, refletindo o impacto na rentabilidade.
Embora o Brasil não tenha números consolidados, o mesmo raciocínio se aplica. Menos tempo em tarefas manuais significa menor custo por caso e mais espaço para margens operacionais. Escritórios brasileiros que adotam IA já relatam ganhos de eficiência que permitem oferecer honorários mais competitivos sem reduzir a qualidade do serviço.
Pesquisas internacionais mostram que 65% dos advogados acreditam que a IA acelera o trabalho e 64% dizem que aumenta a eficiência. No Brasil, estudos indicam que ferramentas jurídicas reduzem em até 80% o tempo de revisão de contratos e em 70% o tempo de pesquisa jurídica, reforçando o impacto positivo tanto em agilidade quanto em qualidade do serviço.
A jurimetria já é uma realidade no Brasil: em 2023, 62 tribunais federais desenvolveram mais de 140 projetos de IA para lidar com o excesso de processos, cerca de 84 milhões de ações em trâmite. Assim como nos EUA, onde a análise preditiva já orienta estratégias jurídicas, o país caminha para integrar esse recurso como parte da rotina de advogados e tribunais.
A rápida adoção da IA cria diferenciais claros entre escritórios de advocacia que se modernizam e os que ficam para trás. Com mais de 300 mil advogados já utilizando ferramentas de IA no Brasil, segundo levantamento da Joori, quem não acompanhar tende a perder competitividade no médio prazo.
Com a automatização de tarefas repetitivas, os advogados ganham tempo para focar no que autoriza sua expertise — estratégia, argumentação e relacionamento com o cliente. Esse ganho de qualidade no atendimento e na estratégia jurídica é um dos legados mais importantes da IA.
Os benefícios da inteligência artificial no Direito não impactam apenas escritórios e advogados, eles se refletem diretamente na experiência do cliente. Afinal, a razão pela qual a tecnologia é adotada não é apenas para ganhar eficiência interna, mas para entregar resultados melhores, mais rápidos e mais acessíveis a quem contrata os serviços jurídicos.
Enquanto uma revisão contratual poderia levar dias, a IA executa a mesma tarefa em minutos. Isso significa que os clientes recebem respostas muito mais ágeis, prazos são cumpridos com maior segurança, e processos decisórios avançam com eficiência.
Segundo o relatório Generative AI in Professional Services, do Thomson Reuters Institute, mais de metade dos clientes corporativos já deseja que seus escritórios utilizem IA generativa para agilizar processos jurídicos
Ao reduzir o tempo gasto em tarefas manuais com a automação jurídica, os escritórios conseguem repassar essa eficiência para o cliente na forma de honorários mais justos ou previsíveis. No Brasil, esse modelo ganha força à medida que empresas e startups jurídicas buscam soluções mais acessíveis e transparentes.
Com a jurimetria, advogados deixam de depender apenas da intuição. A IA analisa milhares de processos similares e indica as probabilidades de êxito em diferentes estratégias.
Isso aumenta a taxa de sucesso e dá aos clientes maior clareza sobre riscos e cenários possíveis. Para empresas, significa mais segurança jurídica; para pessoas físicas, mais confiança em seu advogado.
A IA permite gerar relatórios claros e objetivos sobre o andamento de casos, riscos e prazos. Clientes não ficam no escuro, eles recebem informações visuais e fáceis de entender, em vez de depender de explicações técnicas complexas. Essa transparência fortalece a relação de confiança, considerada o principal pilar da advocacia.
Os benefícios da inteligência artificial no Direito vão muito além da eficiência imediata. Eles representam uma transformação estrutural na forma como escritórios e departamentos jurídicos operam. Não se trata apenas de trabalhar mais rápido ou reduzir custos, trata-se de permanecer competitivo em um mercado que já está sendo redesenhado pela tecnologia.
Ignorar esse movimento pode significar perder clientes para concorrentes que oferecem serviços mais ágeis, acessíveis e baseados em dados.
Investir em IA, portanto, não é apenas uma decisão tecnológica, mas uma estratégia de sobrevivência e crescimento. É a chance de posicionar o escritório como inovador, confiável e preparado para atender um cliente cada vez mais exigente e informado.
A SantoDigital é parceira Premier do Google Cloud e já ajudou mais de 2.000 empresas a modernizarem suas operações com IA e nuvem. Nossa expertise garante que sua adoção de inteligência artificial seja feita de forma estratégica, segura e orientada a resultados, com suporte em Google Cloud, Google Workspace, NotebookLM e soluções proprietárias como o SantoiD e o SantoAI.
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Os principais benefícios da inteligência artificial no Direito incluem o aumento da eficiência e produtividade, a redução de custos operacionais, a melhora na qualidade do trabalho jurídico e a tomada de decisões mais acertadas com base em dados (jurimetria). Além disso, a IA libera os advogados de tarefas repetitivas, permitindo que se concentrem em atividades estratégicas, como a definição de estratégias processuais, a negociação e o relacionamento com clientes.
Entre os exemplos de utilização da inteligência artificial no judiciário estão os sistemas de jurimetria, que analisam milhares de decisões para identificar padrões e prever resultados, e os sistemas de classificação automática de processos, já usados por tribunais brasileiros para acelerar a triagem de ações. Outro exemplo é o uso de IA para monitoramento de prazos processuais, leitura de diários oficiais e apoio a magistrados na pesquisa de jurisprudência relevante.
A inteligência artificial tem transformado o poder judiciário e o setor jurídico ao agilizar a tramitação de processos, reduzir gargalos administrativos e fornecer informações estratégicas para decisões mais rápidas e fundamentadas. No setor jurídico privado, escritórios de advocacia já utilizam IA para revisão de contratos, análise preditiva de casos e automação de documentos. Essa transformação significa maior eficiência para os operadores do Direito e uma experiência mais transparente e acessível para os clientes.
Crédito da imagem: Freepik
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